quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Na caverna de Adulão: Lugar de refúgio e justiça

I Sm 22. 1-5)
“Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para Ter com ele.

Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.

Dali passou Davi a Mizpa de Moabe (atual Jordânia) e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim.

Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo que Davi esteve nesse lugar seguro.

Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques nesse lugar seguro; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi saiu e foi para o bosque de herete.

• Veja um breve histórico de Davi até chegar à Caverna. 

Ela se divide em duas fases: 

(1) Subindo ao palácio; 

(2) Descendo à Caverna.

Na fase “subindo ao palácio” Davi é ungido por Samuel;

Vence Golias; 

Toca harpa no palácio; 

Torna-se amigo de Jônatas e comandante das tropas militares; torna-se genro do rei.

Na fase descendo à Caverna, Davi é vítima de ciúmes, medo e tentativa de homicídio por parte do Rei.

Além disso, Davi foge para Rabá, depois Nobe e Gate, onde é obrigado a se fingir de morto para sobreviver. 

Saindo da cidade de Gate, fugindo de Saul, Davi se refugiou (1 Sm 22:1) em uma caverna com o nome de Adulão (Hb.: “Refúgio”). É possível que ficasse localizada no ermo montanhoso a oeste de Judá, na direção do mar morto.

É nessa caverna que Davi tem algumas lições que vão perdurar por toda a sua vida e reinado.

Adulão: Significa Justiça do povo, refugio, esconderijo; é um complexo de cavernas que fica no vale de Elá, e segundo os arqueólogos e exploradores, existem partes desse complexo de cavernas que ainda não foram exploradas, e certamente caberiam ali todo aquele exército que se ajuntou a Davi.

Mas poderíamos estar nos perguntando: O que Davi, um valente, o homem que derrotou o gigante Golias, o valente cantado pelas mulheres de Israel em suas músicas (Saul matou a mil e Davi aos Dez milhares), o que esse homem estava fazendo ali naquela caverna.

A caverna de Adulão foi um lugar de tratamento na vida de Davi.

Davi havia vivido um momento de glória, estava bem com o povo, e esse estar de bem com povo, por Ter caído nas graças do povo, por Ter sua unção reconhecida e valorizada pelo povo, Davi despertou ciúmes em Saul , despertou a inveja de Saul, que passou então a persegui-lo.

Saul perseguiu a Davi porque ele sabia que o reino seria tirado dele, porque o profeta havia dito a ele que seu reino seria rasgado e tirado de suas mão, e ele então começou a perceber que ele era o rei, mas o ungido não era ele. 

Israel passou a viver uma situação interessante, o rei que estava no trono, tinha perdido a sua unção.

O Ungido de Deus não estava no trono, Israel passou a viver uma situação de Ter um Ungido e um ex-ungido.

Saul não aceitava essa situação, mas a unção de Deus havia sido tirada de sobre ele, aquele Saul que antes profetizava junto aos profetas e que a Bíblia nos fala que o Senhor havia tirado uma porção do seu Espírito de sobre os 70 profetas e colocado sobre ele era coisa do passado.

• A unção pode ser retirado de nós se não obedecermos a Vontade do Senhor, se não fizermos aquilo para o qual nos capacitou, se não nos dermos com amor e responsabilidade para o seu Reino, a unção pode ser retirada de sobre nós.

É isso mesmo que você esta ouvindo: A UNÇÃO SE PERDE.

Foi o que aconteceu com Saul, ele perdeu a unção do Espírito de Deus em sua vida.
O que é unção? Unção é uma capacitação especial que o Senhor nos dá para realizarmos a sua obra.

Perde-se a unção e fica somente o azeite sobre os cabelos. Tem muita gente vivendo somente de sua força e do azeite que ainda pensa estar sobre sua cabeça, mas a unção de Deus se foi a muito tempo.

Davi estava ali naquela caverna por causa da perseguição do ex-ungido Saul, e ali foi um lugar de tratamento de Deus na vida de Davi.

Vejamos agora as dez lições que podemos extrair da caverna de Adulão:

1. Caverna é um lugar de reorganização de valores.
É interessante notar que as primeiras pessoas a serem mencionadas imediatamente em seguida à chegada de Davi na caverna são seus pais.
Em um momento de extrema dificuldade, as primeiras pessoas a sentirem foram seus familiares.
Vivemos em tempos em que é muito fácil esquecer o que realmente importa, o que nos torna gente.
Agora a dominação se da através do convencimento. Não basta mais você apenas apertar parafusos, mas estar de tal forma envolvido com a produção, a ponto de ser “proativo”!
As vezes, Deus nos coloca em cavernas para que lembremos do que realmente importa; de valores que são caros; que nos humanizam; que não podemos perder de vista, como a família.

2 . Adulão é um lugar de significado profético:

(I Sm 22.1) “ Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para Ter com ele.”

A Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, nos conta que os irmãos de Davi não criam nele, não o valorizavam, tanto é que por ocasião da guerra com os filisteus, quando Golias desafiava ao povo de Israel, Davi chegando ao campo de batalha foi destratado por seus irmãos que o chamaram de mexiriqueiro, curioso, intrometido, metido a besta, e agora estavam ali buscando refugio junto a Davi em Adulão.

Davi aqui é como uma figura de Jesus, seus irmãos não criam nele, escarneciam dele no começo de seu ministério, conforme vemos em Jo 7.3-5 “Dirigiram-se, pois, a ele os seus irmãos e lhe disseram: Deixa esse lugar e vai para a Judéia, para que também os seus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém há que procure ser conhecido em publico e, contudo, realize os seus feitos em oculto. Se fazes essas coisas, manifesta-te ao mundo. Pois nem mesmo seus irmão criam Nele.”

A Palavra de Deus nos relata que depois de um tempo os irmão de Jesus, os filhos de Maria, creram nEle e buscaram nele refúgio, tanto que Tiago, irmão de Jesus, se tornou Pastor da Igreja de Jerusalém e nos deixou como legado a Epístola de Tiago.

Os irmãos de Jesus são os filhos de Israel, e isso é profético, pois Israel nos tempos da tribulação buscará refúgio no Senhor.

3. Adulão é lugar de sair da superficialidade e buscar profundidade insondável.

Na caverna de Adulão, existem lugares profundos ainda não sondados, lugares onde não se conseguia medir a profundidade.

Mas Davi conhecia em profundidade ao Senhor, ele conhecia o Bom Pastor (Salmo 23) aquele que o havia livrado do Urso e do Leão, aquele que havia entregue o gigante e todos os filisteus em suas mãos. Davi conhecia aos Senhor, e seu conhecimento não era superficial.
Precisamos entrar em Adulão para conhecermos ao Senhor com intimidade

4. Adulão é lugar de transformar a humilhação em honra.

Quem foram os homens que procuraram a Davi: (V. 2) “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espirito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.”

Ali estava um Rei ungido, refugiado numa caverna, e só veio ao seu encontro, só veio estar com ele aqueles que realmente precisavam dele. 

Os filhos de Coré ouviram muitas vezes, conforme nos relatam no salmo 42:

(V.“1) Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! (V.2 ) A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus?

(V.3 ) As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde está o teu Deus?

(V.4) Dentro de mim derramo a minha alma ao lembrar-me de como eu ia com a multidão, guiando-a em procissão à casa de Deus, com brados de júbilo e louvor, uma multidão que festejava.

(V.5) Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença.

(V.6) Ó Deus meu, dentro de mim a minha alma está abatida; porquanto me lembrarei de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, desde o monte Mizpa.

(V.7) Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.

(V.8) Contudo, de dia o Senhor ordena a sua bondade, e de noite a sua canção está comigo, uma oração ao Deus da minha vida.

(V.9) A Deus, a minha rocha, digo: Por que te esqueceste de mim? por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo?

(V.10) Como com ferida mortal nos meus ossos me afrontam os meus adversários, dizendo-me continuamente: Onde está o teu Deus?

(V.11) Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus.”

Hoje você pode estar na mesma situação de Davi, quando as pessoas que o rodeiam te perguntam: “Onde está o teu Deus?”

O Senhor livrou Davi das mãos de Saul e muitos daqueles endividados, daqueles apertados, amargurados de espírito se tornaram em heróis em Israel, porque o Nosso Deus é um Deus que exalta ao humilde e abate ao soberbo. Adulão é o lugar que aceita os perseguidos e injustiçados e os redime, os transforma, e os torna gente.

5. Adulão é lugar de troca de liderança e governo.

Aqueles 400 homens, antes serviam a Saul, mas não encontraram nele unção, não encontraram nele refrigério, não encontraram nele um sacerdote que os apascentasse diante do Pai, foram rejeitados por todos, mas encontraram refrigério e abrigo em Adulão. Davi recebeu a todos.

O senhor Jesus, assim como Davi em Adulão diz para você nessa noite : “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. Eu vos receberei.

Aqueles homens que antes serviam a Saul, agora serviam a Davi, Trocaram o governo de suas Vidas.

Hoje também, é o tempo de você mudar o Governo e a orientação de sua vida. A religião não salva e nem justifica ninguém, mas Jesus sim.
Ele, Jesus é a nossa Adulão, Ele é o nosso refugio seguro, Ele é a rocha de nossa salvação. 

6. A Caverna de Adulão se mostrou ser para Davi como um lugar de empatia.

É interessante notar a descrição bíblica das pessoas que se juntaram a Davi (1 Sm 22:2): todo homem em aperto, endividado e de espírito desgostoso!

Em que circunstâncias você teria essas pessoas na sua equipe de trabalho?
Empatia é identificar-se com o outro. É a capacidade de colocar-se no lugar do outro, sentindo seu sofrimento.

A competição é o produto natural de uma sociedade voltada para o lucro. Se você tem uma padaria, não basta tê-la, tem que ter uma rede de padarias, ser competitivo; caso contrário, logo mais virá alguém maior que você e provocará sua falência.

Dessa forma, somos educados desde cedo a ser competitivos. Em casa, sempre existe a comparação com os irmãos. Na escola, não basta tirar 10, é preciso que os outros tirem nota inferior.

Assim, existe sempre a desconfiança com o outro. Sempre a temeridade de que este poderá a qualquer momento puxar o tapete.

O texto de Atos ( At 4: 32-37) em que as pessoas dividiam seus pertences nunca esteve tão desatualizado, fora de contexto. Até falamos a respeito dele, dizendo que os discípulos só fizeram isso porque achavam que a volta de Jesus era iminente. Realmente, para a sociedade atual, a empatia é um escândalo.

Quando expressamos solidariedade, sempre é de forma assistencialista, sempre de forma que as pessoas tenham a sua pobreza amenizada, mas nunca sejam como nós.

Em contrapartida, a empatia transforma as pessoas. Aqueles homens que foram estar com Davi na Caverna, mais na frente são chamados de “valentes de Davi” (2 Sm 23:8).

7. A Caverna de Adulão era para Davi apenas um lugar de Transição.

A caverna é só um tempo. Só um momento da existência. Só o tempo necessário para aprendermos algumas coisas. Não sei quanto tempo leva, mas tem inicio, meio e fim. Com isso é preciso levar em consideração algumas coisas:

A- Cavernas não podem ser casas. Pessoas em situação de depressão é que tendem a se render emocionalmente ao sofrimento, ou situação que lhes incomoda.

B- A saída da caverna pode se dá de muitas formas, mas sempre passa pela iniciativa própria.

C- Nem sempre quando saímos da caverna, vamos para o palácio.

D- A vida é mais dialética do que gostaríamos que fosse; é feita de muitos momentos de palácios e cavernas.

8. A ORAR COM MAIS INTENSIDADE 

A oração deixa de ser somente “silenciosa” e “discreta”. Davi ergue a voz (v.1).

Ele “clama”. O clamor é a oração de quem não tem outra saída diante da circunstância. É diferente de pedir ou buscar. Ele diz: Atende ao meu clamor(v.7) 

Paulo nos ensina a prática da súplica como antídoto contra a ansiedade (Fl 4:6).

Ele se humilha, se derrama (v.2) diante de Deus. Dá uma idéia de humildade extrema, de rendição intensa.

Oramos melhor quando sofremos mais. O sofrimento nos convoca à oração mais intensa, mais pura, mais verdadeira, mais veemente.

O próprio Senhor Jesus orou com mais intensidade quando sofria no Getsêmani. O texto de Lucas 22:44 diz assim: E, estando em agonia, orava mais intensamente.

Em tempos de “caverna” devemos orar mais, orar muito e suplicar as misericórdias de Deus.

9. A VER A DEUS COM MAIS CONFIANÇA 

Davi se sente muito sozinho(v.4). 

Em 1 Samuel 22 lemos que algumas pessoas se agregaram a ele posteriormente mas quando o salmo é escrito ele está só. Ele não tem o amparo humano (v.4). 

Parece que é neste momento que Deus mais age, quando o recurso humano é falho, quando o conforto humano não nos é suficiente. 

Davi ora e confia pois a oração é posse por antecipação (v.5). Às vezes podemos a confiar em pessoas, em médicos, em bancos, em amigos, m nossos pais, mas existem circunstancias em que os mais achegados, os mais íntimos, não nos podem ajudar

Aqui Davi está sozinho e é aqui, na caverna que ele entende que o seu único bem, o seu bem verdadeiro, o seu quinhão na terra dos viventes é Deus (v.5).

Aqui ele entende que Deus é o maior tesouro que uma pessoa pode achar. Ele confia no Senhor e isto o consola. Nos seus salmos ele demonstra como esta confiança era real (Sl 56:4; 71:4).

A comunhão mais deliciosa com Deus acontece quando nos abstraímos do conforto e socorro humano. O tempo do refúgio secreto fez bem a Davi e faz bem a nós também. Ele se sentia muito confortável se ouvisse o Senhor Jesus convidando os cansados para irem a Ele:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma; Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. (Mt. 11:28-30).

10. A LOUVAR COM MAIS GRATIDÃO (V. 7)

O salmista quer sair da caverna, quer se livrar do “cárcere”, mas ele não busca apenas o seu bem estar. Ele quer que o bem que Deus fará a ele atraia os justos para Deus. Ele quer louvar a Deus com os justos. Ele quer compartilhar os feitos do Senhor.

Aliás, Davi sempre se preocupou em testemunhar após a intervenção de Deus. No salmo 51 ele entende que o perdão de seus pecados e sua restauração, atrairão os pecadores a Deus (Sl. 51:13). 

No salmo 40, verso 3, ele diz que quando o Senhor o livrasse do lamaçal, muitos veriam temeriam e confiariam no Senhor, o que resultou em um hino de louvor ao Senhor.

Paulo nos orienta a louvar ao Senhor mesmo em período de ansiedade, quando diz que no meio da súplica deveria haver ações de graças (Fp 4.6).

Talvez a lição mais preciosa deste salmo seja a de que devemos permitir que o Senhor interviesse em nossa vida, nos visite na caverna existencial, para que os que estão ao nosso redor vejam, temam, confiem e louvem ao Senhor. Quando o Senhor nos faz bem os que estão conosco o louvam. Os que nos conhecem vêem a ação de Deus em nós e aprendem a confiar mais no Senhor.

No Salmo 126 o salmista fala das grandes coisas que o Senhor fez pelo seu povo e isto era uma testemunho para as nações (v.2).

Em nossos momentos difíceis somos tentados a pecar contra Deus, a lastimar, a reclamar, a murmurar, mas não nos esqueçamos que nestes tempos podemos, além de suplicar, agradecer ao Senhor por tudo (1 Ts 5.18), e testemunhar aos outros o seu cuidado.

Que Deus nos ajude a passar pelas provas do cotidiano e superar a todos os obstáculos que são colocados tentando impedir a nossa caminhada.

Deus abençoe.

Missionária Jussara Torchio 

domingo, 18 de agosto de 2013

O Divino poder da música


Há poder na música quando ela é correta e inteligentemente utilizada, até mesmo para se ganhar uma guerra. Cornetas, trompetes, bateria, foram alguns instrumentos usados para motivar homens a marchar em batalhas. Apenas o som desses instrumentos  expulsavam inimigos sinalizando a chegada da cavalaria. A Bíblia tem exemplos do poder da música como arma. Quando Josué lutou na batalha de Jericó, os sacerdotes estavam a marchar ao redor da cidade, sete vezes soprando trombetas feitas de chifre de carneiro. Foi o sinal de uma longa rajada de trombetas que fizeram as paredes virem abaixo.  Vozes de alta frequência  quebram  taças, mas aqui foi um espetáculo de trombetas e vozes quebrando o muro de uma cidade.

Quando Gideão com seus 300 homens assumiu a grande horda de midianitas ele fez isso com 300 trombetas. Todos os seus homens sopraram suas trombetas e quebraram frascos. Os inimigos entraram em  estado de pânico e começaram a brigar entre si sendo derrotados. Sabemos que há poder em mísseis, mas nos esquecemos do poder que existe na música. Salmos. 150:3 diz: "Louvai-O ao som da trombeta." A trombeta pode ajudar a ganhar uma guerra, ou nos ajudar a louvar a Deus e inúmeras outras coisas. A música tem o poder de dar sentido à vida, e por isso um dos piores julgamentos que Deus pode infligir a um povo é privá-los de música. Ouça a punição dada a cidade de Babilônia por sua grande maldade. Em Apocalipse 18:22, lemos: "A música de harpistas e músicos, de flautistas e de trombeteiros, nunca mais será ouvida entre vós."

Não haverá música no inferno, mas haverá música para sempre no céu, e será tanto vocal quanto instrumental. Deus gosta de cantar, e o profeta sugere que a trombeta do Senhor é realmente um instrumento que Ele gosta. Zac. 9:14 nos diz que Deus fará soar a trombeta. Uma vez que os primeiros cristãos não utilizavam instrumentos,  cria-se controvérsia sobre o assunto. Os primeiros cristãos eram um povo perseguido, e assim o som de trombetas, ou até mesmo a reprodução da harpa, seriam motivo de morte. Imaginem ter que viver se escondendo dos romanos e  em segredo, a única coisa que não se gostaria de fazer seria tocar qualquer tipo de instrumento.



Infelizmente, muitos tomaram essa situação incomum como  padrão para todos os tempos e passaram a dizer  que  cristãos não devem usar instrumentos na adoração. A Igreja Ortodoxa usa apenas música vocal. Há toda uma história de como batistas primitivos e metodistas livres, menonitas antigos, e alguns grupos presbiterianos lutaram contra o uso de instrumentos. Esta proibição está diminuindo, contudo alguns líderes insistem em mantê-la.

O Novo Testamento revela claramente a utilização de instrumentos para entoar música no céu. Ele também revela claramente a perda de instrumentos musicais como um grave julgamento sobre Babilônia. Isso deveria ser prova suficiente, mesmo sem a abundância de referências do Antigo Testamento, o que torna óbvio que Deus está contente com a música de instrumentos. Todo esse negócio de que os instrumentos não são apropriados para o culto cristão é  subjetivo. Don Hustad, organista de Billy Graham por muitos anos, e professor de música, conta que muitos evangélicos em meados da década de 1960 se opôs ao uso da guitarra na igreja porque ela era um símbolo da cultura jovem e sua rebelião.  O problema é que as pessoas associam determinados instrumentos com o mundo, e isso torna difícil pensar neles como instrumentos do culto cristão.

O homem é o maior instrumento musical próprio, pois ele pode usar sua voz para cantar,  cantarolar e assobiar. Ele pode usar seu corpo para se mover no ritmo, e ele pode bater palmas. Palmas das mãos não são apenas uma expressão de agradecimento, é parte da música da vida. É a expressão de alegria por meio de som. Os judeus usavam as palmas  como sinônimo de canto. Salmos. 98:8 diz: "Deixe que os rios batam palmas, vamos cantar juntos nas montanhas de alegria." Isaias 55:12 diz: "As montanhas e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas." Aqui em Salmos. 47, a música começa com uma chamada para as nações para expressar sua alegria com a voz e com as palmas das mãos.

Se você pensou que não poderia tocar qualquer instrumento, limpe essa falsa idéia de sua cabeça, as mãos são um instrumento Bíblico de música, e por meio dele, podemos fazer sons que expressam alegria e louvor a Deus. Esqueça a velha piada sobre "tudo o que posso fazer é ouvir o rádio ou o fonógrafo". Você pode tocar o mesmo instrumento que os grandes músicos da história usaram: as mãos. Eles desenvolveram a habilidade de usar as mãos para tocar outros instrumentos, mas até mesmo o menor musico de todos, pode fazer algum som ritmado com as mãos, aplaudindo ou batendo em outra coisa.

O corpo humano é um instrumento de música, e não só as mãos, mas o coração também. A primeira música que um bebê ouve é a batida do coração da mãe. Testes demonstraram que a batida rítmica suave do coração da mãe, acalma a criança e -lhe dá paz e segurança.  A música do coração da mãe tem o poder de acalmar e alegrar. Não é só poesia, é literalmente verdade que onde há vida, há música. Luther Burbank disse: "A música é fundamental, uma das grandes fontes de vida, saúde, força e felicidade."

Todos  sabemos como David, pela reprodução de sua harpa, acalmou a alma doente de Saul, e trouxe paz e estabilidade à sua mente perturbada. A música como remédio para a mente tem sido usado por pessoas  ao longo da história. Hoje é um campo vasto o da  terapia musical,  usada para  doentes mentais, e para a saúde em geral. Homer tanto em sua Ilíada e Odisséia deu exemplos de como a música e o canto levou a cura. Música pode devolver o equilibrio e conduzir a um estado de harmonia. Platão,  Aristóteles e outros filósofos gregos, todos concordaram que a música afetou a mente mais do que qualquer outra arte, e, portanto, foi uma poderosa forma de terapia para ajudar na cura da mente.




No Dicionário Grove de Música  conta a história de Farinelli, o maior cantor italiano do seu tempo. Em 1737 ele estava em turnê na Espanha, e ele veio para Madrid. Rei Filipe V estava em  estado de depressão profunda. Durante semanas ele não tinha tomado parte nos assuntos de estado, e todo o país estava em uma situação crítica. A rainha convidou Farinelli para cantar em uma sala adjacente onde o rei sentou-se abatido, barba por fazer, e despenteado. Quando o rei ouviu a música linda, e as belas canções, ele foi transferido para fora de seu estado de letargia e enviado para o cantor para lhe agradecer. O rei o contratou para cantar para ele todas as noites, e foi pelo poder da música que ele viveu e governou em um estado normal da mente pelos  próximos 10 anos. Mirandalo estava certo quando disse: "A música produz efeitos semelhantes sobre a mente como um bom remédio para o corpo." A primeira história da música foi escrita em 1600 por Pierce Bourdelot. Ele era médico do rei da França e da rainha da Suécia. Música e medicina caminham juntos, pois ambos têm o poder da cura.


Como todos os outros poderes, o da música também pode ser corrompido. A música tem o poder de atrair as pessoas para o caminho do demoníaco, bem como do Divino. É um poder para o mal, assim como o bem. Isso torna ainda mais importante para os cristãos considerar o sério poder da música e ser zeloso para usá-lo para a glória de Deus. A música que você gosta de ouvir afetará sua vida. Este poder da música para mudar tanto caráter como conduta tem sido reconhecido por todos os homens de sabedoria. Platão advertiu em seu dia que música ruim pode mesmo mudar as leis de uma nação, e Aristóteles disse: "Se alguém ouve o tipo errado de música ele se tornará o tipo errado de pessoa, mas, por outro lado, se ele ouve o tipo certo de música que ele tenderá a tornar-se o tipo certo de pessoa. " Se não-cristãos reconhecem isso, quanto mais os cristãos devem ver o poder da música para nos ajudar a ser o que Deus quer que sejamos.

Mas o que o torna a música ainda mais especial é que ela  permite ao homem,  agradar a Deus. Deus se agrada quando oramos, mas a oração muitas vezes tem uma inclinação egoísta, mas quando louvamos a Deus é porque estamos cheios de alegria, exaltando Aquele que é a fonte de tudo o que é precioso. A música eleva o homem ao nível em que ele levanta a sua voz e as suas mãos batendo palmas em louvor a Deus. É por isso que temos os Salmos. "Salve o céu nasce música! Por teu poder elevamos a alma erguida a atos de mais alto louvor."



Os judeus lêem a Bíblia à música. O antigo Talmude judaico disse que a Bíblia deveria ser lida em público, e feita para ser entendida como doce melodia musical. É assim que os judeus memorizam as Escrituras, como uma música, e qualquer um pode lembrar de uma canção que aprendeu, melhor do que o texto que leram. Eu posso ouvir uma música e lembrar as palavras, mesmo que não a escute por muitos. Música é como um trabalho de memória. Os judeus usavam a música como uma chave para a educação religiosa e os cristãos seguiram seus passos.

Jesus cresceu com música e este é o caminho que Deus espera que todos os Seus filhos percorram. É por isso que os Salmos são uma parte importante da Sua Palavra. Há poder na música e no canto para guiar e moldar nossos valores e caráter. Um dos maiores poderes de tudo é a música que nos faz louvar a Deus. Música nos permite comunicar nosso amor e alegria para Deus. Música e  canto são essenciais para a comunicação do amor.


Há poder na música  para liderar,  levantar e  expressar o amor. No entanto, muitas vezes, não se consegue usar esse poder. Deixamos as discórdias da vida expulsarem a música e a harmonia, e nos tornamos negativos, sem uma canção. Se um cristão  agarra o poder da música e do canto, nunca mais será um pessimista. Eles podem sentir-se pessimista e ter pensamentos negativos, mas  sempre agirá com louvor e fé,  cantando para Deus. A música é como asas que nos erguem e não como pesos que nos arrastam.

Não subestime a música para ajudá-lo a lutar contra as tentações da vida, para vencer realidades decepcionantes, desanimadoras, deprimentes que todos têm de enfrentar. Paulo escreveu aos Efésios e disse-lhes:  "Falem entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor" (Efésios 5:19)  Eles estavam a cantar e fazer música em seus corações para o Senhor. Você é um instrumento musical poderoso é o que Paulo estava dizendo a eles. Use esse poder para elogiar, alegrar-se e superar os aspectos negativos de vida que iria derrotá-lo e levá-lo ao erro. Você pode ganhar uma vitória de cada vez, se  reconhecer o dom e poder da música de Deus.

Louvemos ao Senhor porque Ele é digno.


Uma das coisas mais especiais que minha mãe pode deixar para mim e meus irmão como herança foi a paixão pela música,isso é muito forte em nossas vidas e temos visto nosso filhos herdarem isso também.

Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor.

Missionária Jussara Torchio

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

As marcas de um verdadeiro discípulo

Gl. 6.17

“Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus”. 


A palavra grega stígma significa “marca”. Era um símbolo, um sinal importante de identificação. Uma marca de registro, de propriedade. Antigamente os corpos dos escravos eram marcados à fogo com o nome ou o símbolo de seus donos. Os povos cativos também eram marcados assim, e com certa freqüência os soldados daquela época, também marcavam o nome dos seus comandantes nos seus corpos. Os escravos do templo, ou os devotos de certos deuses, também se marcavam para demonstrarem a sua devoção. A orelha furada, era uma marca muito usada naquele tempo para identificar o senhor, o dono daquele escravo.

Nesse texto, o apóstolo Paulo fala aqui de marcas. as Marcas de Jesus. Estas marcas que Paulo fala, não são marcas de um cristão simplesmente nominal, mas são marcas de quem é um verdadeiro crente. As marcas que Paulo se referia eram sem dúvidas, as suas cicatrizes, que por causa do testemunho que dava de Jesus, acabava recebendo várias chicotadas, e em outras ocasiões, era agredido severamente (II Co.4.10 – 11.24.27). 

Afinal, por que Paulo pronunciou essas palavras aos gálatas?. Na verdade, Paulo tomou conhecimento de que certos mestres judaicos estavam inquietando seus novos convertidos na Galácia, impondo-lhes a circuncisão e a submissão da lei mosaica como requisitos necessários para a salvação e ingressarem na igreja. Esses mestres judaicos, também acusavam Paulo de que ele não era um apóstolo original, portanto, era totalmente desprovido de autoridade!.

Ao saber disso, Paulo escreveu aos Gálatas, dizendo que a exigência da lei, assim como a circuncisão do velho concerto, nada tinha a ver com a operação da graça de Deus em Cristo para a salvação sob novo concerto, e para reafirmar claramente que o crente ao receber o Espírito Santo, recebia uma nova vida espiritual. A graça e a salvação eram conseguidas por meio da fé, em Jesus, e não por meio da lei do AT. 

Paulo sustentou com veemência que a verdadeira liberdade cristã consiste em viver no Espírito e cumprir a lei de Cristo. Paulo tinha “marcas” que indicavam que tinha se tornado escravo, e que para ele a única lealdade que possuía, era se render a Cristo (Gl.6.14). As marcas que carregava, eram as cicatrizes feitas por seus inimigos enquanto serviu Jesus, sendo a maioria delas, testemunha do profundo ódio dos judeus. 

Queridos, muitos de nós poderão também ter essas marcas. É a nossa identificação com Cristo. Estou falando de marcas espirituais. Estas marcas precisam ser evidentes nas nossas vidas. Ou será que o mundo vê outras marcas em nós?. É necessário que as velhas marcas do nosso passado sejam apagadas, para isso devemos lançar a nossa vida aos cuidados de Jesus, para termos a Sua marca em nós. Podemos dizer que a marca de Cristo nos identifica e mostra que somos semelhantes a Ele.

Muitos que vivem nas nossas igrejas e ainda dizem ser cristãos não tem mais as marcas de um seguidor de Cristo. Todos cristãos sabiam que no corpo de Paulo existiam marcas profundas, cicatrizes que ficariam para sempre. Isso fez com que Paulo fosse reconhecido por onde passasse, como um verdadeiro servo de Jesus. Essa era a marca, o sinal que o diferenciava dos demais. Infelizmente a marca que identifica muitos cristãos nos dias de hoje é a marca da amargura, do rancor, da vingança, do ódio, do desrespeito, do ciúme, da tristeza, do desânimo e do desprezo.

A condição de Paulo ao escrever esta carta aos Gálatas, era de um prisioneiro de Roma e do seu imperador César. Enquanto Paulo escrevia esta carta, ele podia olhar para as suas cadeias e ver ali algumas marcas, as marcas de César. Nas espadas, na violência, nos maus tratos, como nas vestes dos soldados que o guardavam nas portas da prisão, lá estavam as marcas de César. Era a prova e o sinal de que o dono e senhor de tudo aquilo era César. Paulo então ao terminar esta carta aos Gálatas se encontrava aborrecido com algumas coisas que estavam se passando na Galácia.

Paulo afirmava veementemente, que apesar do seu estado de humilhação em que se encontrava, ele era propriedade de Jesus. Paulo podia também despir as suas roupas e mostrar as várias cicatrizes e pisaduras, devido aos maus tratos recebidos pelos vários lugares onde passou e falou de Jesus, e estas suas marcas bem se podiam também chamar de marcas de Jesus, pois foi por causa de Cristo que ele as recebeu. Mas estas marcas eram apenas marcas físicas. Paulo tinha outras marcas mais importantes, que eram as marcas espirituais, e que provavam a todos que ele era um verdadeiro crente em Jesus.

Existem mundo afora verdadeiros discípulos como Paulo. Mas a maioria deles, nunca foram perseguidos ou maltratados, e que por isso não poderão mostrar as marcas como aquelas de Paulo. Mas são as marcas espirituais que comprovam a nossa verdadeira identidade como crentes em Jesus. Portanto, todos nós podemos ser curados através do poder restaurador de Cristo, e por conta disso ter nosso caráter transformado com a marca de Cristo para fazermos a diferença. Jesus já nos selou com o selo da promessa que é o Espírito Santo. Vejamos então, como essas marcas se identificam em nós!.

A Primeira Marca – A Conversão 

Esta é a primeira marca que o crente deverá evidenciar, seja ele pobre ou rico, com curso superior ou analfabeto, tenha ele ou não, responsabilidade na igreja. Conversão não é apenas a crença e aceitação da fé no Senhor Jesus, mas implica numa mudança de vida e de pensamento. O que é afinal, conversão?. A conversão implica em arrependimento, mudança de direção, de caráter e de personalidade. Isto é, precisamos crer na Palavra, aceitá-la e se esforçar para colocá-la em prática na nossa vida.

É sentir que algo mudou dentro de nós. Se antes de freqüentarmos a igreja, éramos uma pessoa agressiva, e ainda continuamos sendo assim, então não houve o novo nascimento. Se você mulher, era rebelde com seus pais e continua sendo com seu marido, então você não se converteu. Se você “não leva desaforo para casa” e continua assim, é porque nada aconteceu. Se você homem, quando ofendido guarda mágoas no coração e é incapaz de perdoar aqueles que lhe ofenderam, então é porque não houve conversão. Ser convertido é entregar toda a nossa vida nas mãos de Jesus, é abrirmos a porta do nosso coração, deixar que a Palavra de Deus nos lave, e não sermos apenas ouvinte, mas participante!. É procurarmos não fazer a nossa vontade, mas que sempre seja feita a vontade de Deus na nossa vida. 

Conhecemos bem a história de Nicodemos. Apesar de ser homem muito religioso e pertencer a mais alta corte dos religiosos em Israel, Jesus teve de lhe dizer: “Tem de nascer de novo”. Muitos são simplesmente religiosos como Nicodemos, mas não tem uma experiência pessoal com Jesus. Se alguém diz que é crente em Jesus, mas não possui a marca de uma fé firme, ou que diz amar Jesus, mas não teve sua vida transformada, nem tampouco se tornado uma nova criatura, então essa pessoa não se tornou um filho de Deus.

A Segunda Marca – A Consagração

Esta é outra marca que demonstra quem pertence a Jesus. No AT, quando algo era consagrado a Deus, significava que isso pertencia ao Senhor e só podia ser usado em Seu benefício. A igreja está perdendo a unção de impactar o mundo porque muitos crentes estão cada vez menos se consagrando. A igreja primitiva teve aquele grande impacto que nós lemos no livro de Atos dos Apóstolos, porque eles se consagravam ao Senhor.

Se hoje nós fazemos as mesmas coisas erradas que os outros fazem, se vivemos uma vida espiritual relaxada, vamos aos mesmos lugares onde os ímpios estão indo, gostamos das coisas que o mundo nos oferece, praticamos inúmeros erros que desapontam Deus, então ninguém nos levará a sério!. É porque não conseguem ver em nós a marca de Cristo, e por isso, não acreditarão em nós e nas nossas palavras. 

Aquilo que tem maior força e influência no ímpio para que creiam em Jesus, muitas vezes não é o que dissermos, MAS O QUE FAZEMOS!. O mundo poderia mudar para melhor, se todos nós, nos consagrássemos mais ao Senhor.

A Terceira Marca – A Perseverança

É cada vez mais difícil encontrar nos crentes a marca da perseverança. Muitos fogem de um compromisso sério com Deus. Eles vão à igreja, mas só se sobrar tempo para isso. Quando não existir outra coisa para fazer, ou outro lugar para ir, então vão para a igreja!. Hoje, se deixa de ir à igreja pelas mais simples razões. Decisão de campeonato de futebol é um deles!. Não existe mais uma verdadeira perseverança.

Sem esta marca, o nosso testemunho não será eficaz, e a falta dessa prática, não agrada a Deus. Numa certa igreja havia um jovem crente que era completamente surdo, mas ele ia a todos os cultos. Certo dia, alguém lhe perguntou descabidamente, porque estava em todos os cultos se não ouvia uma palavra sequer? . O jovem respondeu muito bem e claramente: “É verdade, não ouço uma palavra nem uma só nota musical, mas venho aqui para mostrar a todos de que LADO EU ESTOU!. Que estou do LADO DE JESUS e não do lado do diabo”!. Quando nós ficamos em casa, que não seja por motivo de força maior, de que lado ficamos?.

Queridos, perseverar significa conservar-se firme e constante, persistir, prosseguir, continuar e permanecer nos nossos propósitos. É muito importante irmos à igreja, ainda que possamos pensar e parecer que não vale a pena!. Mas lembre-se: estamos fazendo o nosso melhor. Estamos demonstrando nossa perseverança. Estamos dando o nosso testemunho!. E os que lá estarão, poderão constatar de que lado nós estamos!. 

A Quarta Marca – A Santificação 

A palavra santo na sua expressão mais simples, significa “separado”. Jesus disse que aquele que não deixasse pai e mãe e O seguisse, referindo-se ao abandono das coisas deste mundo, não era digno D’Ele. Afirmou também que os seus seguidores estão no mundo, mas não pertencem a ele, ou seja, não devem viver praticando os pecados deste mundo, tais como prostituição; impureza; lascívia; idolatria; feitiçaria; inimizades; contendas; ciúmes; iras; facções; dissensões; invejas; bebedices; orgias e coisas semelhantes a estas (Gl.5.19-21).

Queridos, aquele que deseja servir a Deus precisa andar segundo a Sua vontade. Portanto há a necessidade de uma conduta santa e irrepreensível por parte daqueles que desejam seguir o Senhor. Andar de cabeça erguida, sem ter do que se envergonhar, sendo submisso a Deus por sua livre e espontânea vontade. Lembrando sempre que não basta apenas se separar de algumas coisas: é necessário também se separar para outras. 

A Santificação é a purificação do coração. É o melhor testemunho de que realmente Jesus vive e reina em nossa vida, além de produzir um efeito positivo nos corações daqueles que ainda não conhecem Cristo como Salvador. Ter uma vida santa é não concordar com o pecado. A santidade é um mandamento de fundamental importância em torno do qual gira a vida cristã (I Pe. 1.15-16). O verdadeiro crente não deve ser santo somente entre quatro paredes, nem seguir o mau exemplo de quem apresenta duplicidade de caráter (Rm.12.2). Por isso a santificação requer de nós o afastamento das coisas impuras e uma submissão total da autoridade de Jesus. “Segui em paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb.12.14). 

A Quinta Marca – A Firmeza

Outra marca muito importante é a da nossa firmeza. Muitos até são bons crentes, mas perante certas pressões ou circunstâncias não mostram firmeza. O crente que está bem firmado na palavra de Deus sabe a diferença entre o que está certo e o que é errado. Ele mede bem tudo pela Bíblia e toma sempre posição pelo lado certo.

Lembro o testemunho de certo crente que tinha um cargo importante no seu emprego e teve de viajar com seu chefe em negócios para outra cidade. Chegada à noite, o chefe convidou-o para irem a um lugar. Quando ali chegaram, o crente viu que o local era uma boate, então ele recusou entrar. O chefe zangado disse que foi ali que fora marcado o encontro com os empresários com quem teriam de negociar e que teria de entrar, senão ficaria sem salário naquele mês. Mesmo assim o crente recusou-se a entrar e então o chefe o despediu. Este crente ficou desempregado, mas não negou a sua convicção. Depois de seis meses desempregado, o Senhor o recompensou dando-lhe um novo trabalho, ganhando o dobro do que ganhava antes!.

Quem tem a firmeza no Senhor, não tem nada a perder. Deus terá sempre uma recompensa maior para aqueles que são firmes. Deus sempre nos dará sempre algo maior do que aquilo que aparentemente tenhamos perdido. Se já temos estas marcas, graças a Deus! Então podemos dizer como Paulo: “Eu trago no meu corpo as marcas de Jesus” Isto é bom para nós e vai contribuir para a glória de Deus e honrar Seu nome. Se porventura você ainda não tem qualquer marca de Jesus, então que possa se examinar e pedir ajuda ao Senhor. 


O cristão autêntico e obediente é aquele que assume os compromissos fundamentais com a Palavra de Deus em sua jornada espiritual. O desejo de Jesus, é que você venha possuir um bom testemunho no meio dessa geração corrompida. As marcas que Paulo carregava, não estavam somente presentes no corpo do apóstolo, mas também na sua alma e no seu espírito. Paulo nos revelou Cinco Marcas que Ele adquiriu durante o seu ministério. A bíblia diz que essas Cinco Marcas de Paulo, serviram de testemunho para a sua própria geração. Então que também possamos aprender essa mesma lição: de servir a nossa geração com as Marcas de Cristo em nossa vida. Essas marcas, Jesus espera encontrar naqueles que dizem serem seus discípulos. 

Que o Senhor te ajude a ser cada vez mais Seu imitador, levando as marcas da paixão, do amor, da santificação, da devoção, da firmeza, da perseverança e da santidade. Com elas, você poderá mudar o mundo e converter as pessoas para Jesus.

Pela fé. Amém. 

Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio.