quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fugindo da hipocrisia


"... não sejas como os hipócritas.." (Mateus 6:5). Hipócritas são aqueles que professam à Jesus Cristo como Senhor e Salvador, mas, em função de seu comportamento, continuam a ser um obstáculo para os incrédulos. Nunca ninguém se expressou de forma tão sucinta do que quando Ghandi, da Índia, afirmou sobre a cristandade: "GOSTO DO CRISTO DELES, MAS NÃO GOSTO DOS CRISTÃOS. ELES SÃO TÃO POUCO PARECIDOS COM O SEU CRISTO".

Os seguidores de Jesus Cristo foram chamados Cristãos pela primeira vez em Antioquia "E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos". (Atos 11:26) porque seu comportamento, atividades e fala eram como Cristo.
Infelizmente, com o tempo a palavra, "Cristão", perdeu uma grande parte de seu significado e é geralmente utilizada para descrever alguém que é religioso ao invés de ser um verdadeiro seguidor renascido de Deus. O nascido do Senhor não depende de cargos ou de diplomas universitários para ser de Deus, mas de sua experiência pessoal com o Espírito Santo. Ao nascer do Santo Deus, a imagem espiritual corrompida do primeiro Adão é apagada e ele assume a imagem espiritual santa, separada, do Segundo Adão, Jesus.
Muitas são as pessoas que não acreditam em Jesus Cristo e se consideram Cristãs simplesmente porque vão à igreja ou vivem em uma nação "Cristã". Mas ir à igreja, servir aos mais carentes que você, mencionar trechos bíblicos por acharem bonitos e profundos, mas sem o entendimento da Palavra, ou ser simplesmente uma boa pessoa não fazem de você um Cristão.

Lembro de ter lido uma antiga frase que dizia assim: "Ir à igreja não faz de você um Cristão mais do que ir a uma oficina faz de você um carro." Ser um membro de igreja, freqüentar os cultos regularmente e trabalhar para a igreja não podem fazer de você um Cristão.

Meditemos nas palavras do Senhor Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto" (João 12.24). Nesta passagem bíblica, entendemos que ninguém poderá experimentar o novo nascimento sem antes morrer espiritualmente para si mesmo e para o mundo, sem antes renunciar a si mesmo, à sua vontade, ao seu eu, e praticar a Palavra de Deus.
Muitas pessoas ouviram o Evangelho, aceitaram ao Senhor Jesus como Salvador, até batizaram-se nas águas, mas, ainda assim, não tiveram uma experiência com Ele. Essas pessoas não tomaram a decisão de entregar suas vidas a Ele. Conhecem o Senhor Jesus só de ouvir falar.
É muito fácil dizer que aceitamos o Senhor Jesus. Não basta apenas levantar o braço e dizer: eu aceito o Senhor Jesus como meu Único Salvador. Esse simples gesto é insuficiente para agradar a Deus.
Nós cristãos devemos expressar a nossa fé com inteligência, mostrando o verdadeiro caminho para as pessoas, ganhando almas e agradando ao Senhor, esse sim, nosso objetivo maior. Precisamos deixar de termos pontos de vistas teóricos e agir com inteligência a nossa fé no Senhor Jesus, pois perto está o Senhor de todos os que o invocam em verdade.
Aprendemos com a Bíblia que as boas obras que fazemos não são capazes de nos tornar aceitáveis, dignos para Deus. Veja o que diz em Tito 3:5: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo," Então, um Cristão é alguém que foi renascido por Deu... "... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". "Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo". "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre"(João 3:3; João 3:7; 1 Pedro 1:23) e colocou a sua fé e confiança a serviço do Senhor Jesus Cristo. ..."pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus."(Efésios 2:8).

Um verdadeiro Cristão é alguém que se arrependeu do seu pecado e colocou sua fé e confiança somente em Jesus Cristo. A sua confiança não diz respeito a uma religião ou um conjunto de códigos morais, ou uma lista de coisas que não podemos fazer.
Um verdadeiro Cristão é alguém que colocou a sua fé e confiança na pessoa do Cristo e no fato de que Ele morreu na cruz como pagamento por nossos pecados e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos para obter vitória sobre a morte e dar vida eterna a todos os que Nele crêem. João 1:12 nos diz: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome."
Um verdadeiro Cristão é de fato um filho de Deus, uma parte da verdadeira família de Deus, e alguém que recebeu vida nova em Cristo. A marca de um verdadeiro Cristão é o amor pelos outros e obediência à palavra de Deus (1 João 2:4; 1 João 2:10). Não é religioso, nem fanático e nem hipócrita.

"Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus." (1 João 5:13}Deus quer que entendamos a salvação. Deus quer que tenhamos a confiança e convicção de que somos salvos; "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;" (Colossenses 1: 14).
Todos pecam. Todos nós fazemos coisas que desagradam a Deus (Romanos 3:23). Deus dá perdão e salvação a todos os que colocam sua fé em Jesus, confiando na Sua morte como pagamento de nossos pecados (Leia em João 3:16; Romanos 5:1; Romanos 8:1).
Esta é a grande mensagem da salvação! Se você colocou sua fé em Jesus Cristo como seu Salvador, você é salvo! Todos os seus pecados são perdoados e Deus promete nunca deixar ou abandonar você. "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir; Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor". (Romanos 8:38-39) "Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém". (Mateus 28:20).
Lembre-se que sua salvação é segura em Jesus Cristo (João 10:28-29). Se você confia somente em Jesus como seu Salvador, você pode ter certeza de que você irá passar a eternidade com Deus no céu!
Meu amigo e minha amiga, não deixem de congregar, ou se ainda não o faz, procure uma igreja Cristã. Não pense em uma igreja como um edifício, como uma fortaleza de concreto armado. A igreja de Cristo são as Pessoas que congregam umas com as outras.
Uma igreja que lhe ensine a Bíblia, que ensine fortalecer sua fé a fim de produzir frutos de inteligência e sabedoria no campo do bem e ser aproveitada para reflexão sobre a Lei do Amor, deixada pelo maior de todos os Espíritos que esteve na terra entre os homens: O Filho de Deus, Pastor de todas as almas, Único e Soberano Deus do amor, da paz, da justiça e da verdade.
"Bem aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as cousas nelas escritas, pois o tempo está próximo". (Apocalipse 1:3).
Deus te abençoe.


Missionária Jussara Torchio.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vencendo Desafios


I Samuel 17.34-37 e 45-50

A cada dia encontramos um desafio diferente. Quando pensamos que estamos vencendo uma luta, outro problema se levanta para nos testar. Por isso é preciso perseverança. Sabemos que em Cristo “somos mais que vencedores” (Romanos 8.37), contudo para vencer a guerra é preciso conquistar uma batalha de cada vez.
Davi se tornou um grande guerreiro. Mas sua primeira profissão era pastor de ovelhas o que pode até parecer um trabalho tranquilo, mas na verdade era perigoso. Precisava defender seu rebanho todos os dias e para isso enfrentava naturalmente lobos, cães selvagens e serpentes vorazes. Todos os dias tinha algo para resolver e sua luta era interminável. Sua vigilância era tanta que nem descansava. Em algumas situações, teve que enfrentar leões e ursos que foram os maiores desafios até então. Davi não sabia que teria algo maior ainda para vencer. Lutaria contra gigantes, exércitos e seria um guerreiro constante.
Na verdade precisamos lutar para não nos acomodar. A luta ou desafios da vida servem para nos despertar para continuarmos sempre vigilantes. Se você tem lutado saiba que você é um guerreiro e se for um guerreiro certamente será um vencedor.
Como você tem lutado?
Vamos aprender com Davi como se tornar um guerreiro e vencedor:
 
1- Leões- FÚRIA:
O leão é um símbolo de furor, raiva, ódio e rancor. Por isso diz-se o ditado que precisamos vencer ‘um leão todos os dias’. Muitas vezes enfrentamos situações que a ira promove causando confusões e problemas diversos. O leão se manifesta por vezes apenas bramando e depois atacando cruelmente. Existem pessoas que lançam sementes de raiva para colher intrigas e confusões.
Então o que fazer quando lutamos com leões, ou seja, contra a fúria de adversários?
A bíblia nos orienta para “deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal” (Salmos 37.8) que é uma obra da carne (Gálatas 5.20). Também precisamos vigiar em nossas respostas às pessoas para não provocar raiva e sempre usar palavras brandas para desviar o furor (Provérbios 15.1) além de “não te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico” (Provérbios 22.24).
Independente de termos razão ou não é importante lembrar “irai-vos, mas não pequeis” e que não se demore em passar a nossa ira para não darmos lugar ao diabo, e entristecemos o Espírito do Senhor, pecando com palavras (Efésios 4.26-31). A ira do homem não opera justiça de Deus e não adianta querermos fazer justiça com as próprias mãos querendo resolver tudo sozinho que não estaremos fazendo o certo precisamos deixar tudo nas mãos de Deus (Tiago 1.19-21).
Jesus também lutou com feras no deserto (Marcos 1.13) nos prometeu que “bem aventurados os mansos porque herdarão a terra” (Mateus 5.5). Nós cristãos precisamos aprender mais de Jesus que é “manso e humilde de coração” (Mateus 11.29) se quisermos herdar esta terra para o senhor e conquistarmos a Canaã celestial.
Você tem lutado com leões?
Vença com mansidão a cada dia!
                             
2- Ursos - IMPREVISTOS:
O urso representa situações imprevisíveis ou surpresas que surgem inesperadamente para assustar a pessoa para que erre. O urso é um animal imprevisível. Parece tranquilo e quieto, mas pode estourar e atacar a qualquer momento sem motivo algum aparente.
O que fazer quando enfrentar ursos? Como reagir diante de imprevistos?
A Bíblia nos ensina a confiar no Senhor em todo o tempo para que nas horas incertas tenhamos firmeza. Não precisamos preocupar, pois quem confia em Deus “não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no SENHOR” (Salmos 112.7). A vigilância é a melhor maneira de reagir nestes momentos (Marcos 14.38). Para isso podemos nos preparar com a armadura espiritual (Efésios 6.10-17).
Um grande perigo para o crente é pensar que tudo vai dar certo sem calcular os perigos, dificuldades ou o que pode não dar certo, Sempre precisamos ter um plano ‘b’ em caso do projeto principal dar errado. Jesus nos ensinou a ser “prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10.16) e avaliar antes de começar um propósito (Lucas 14.28).
Quando surgir situações imprevisíveis conte com o Deus que pode superar todas as coisas e te dar a saída que você precisa.
Você tem lutado com ursos?
Seja vigilante e se prepare para enfrentar imprevistos!

3- Gigantes - IMPOSSÍVEIS:
Golias simboliza algo impossível ou inalcançável. Para o povo de Israel seria improvável vencer um exército tão terrível como os filisteus principalmente por que tinham um gigante que sozinho seria capaz de exterminar centenas de seus soldados. O povo estava dominado por medo e não tinham coragem para lutar.
Davi não olhou para o gigante, seu exército numeroso, a dificuldade do deserto, o medo dos seus companheiros e nem para si mesmo para contemplar sua pequenez diante de Golias. Davi somente contemplou a grandeza de seu Deus. Encheu-se de confiança lembrando-se de como conseguiu vencer o leão e o urso e creu que o mesmo Deus lhe capacitaria para vencer novamente. Ele deixou bem claro que lutaria “em nome do Senhor” (v.45).
A palavra de Deus nos diz que devemos “trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3.21) e encher o nosso coração de fé e confiança em Deus para enfrentar as dificuldades do dia a dia. Se já vencemos a fúria do inimigo (leões) e os imprevistos da vida (ursos) podemos também derrubar os gigantes que nos afrontam “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1.37).
Se você enfrentar situações impossíveis, não contemple apenas a dificuldade, lembre-se de que Deus já te deu muitas vitórias e continuará te sustentando. Lute em nome de Jesus porque este nome tem poder (Atos 4.12).
Você tem enfrentado gigantes?
Lute confiado na grandeza de Deus e vença em nome de Jesus!

Lute para vencer!
A vida de Davi foi marcada por batalhas e lutas, por isso ele foi um vencedor. Nunca lutava para perder. Lutava para vencer. Se você também tem lutado constantemente, saiba que você é um guerreiro e que vencerá. Mesmo que perca uma batalha você não perderá a guerra porque no final tudo dará certo.
No dia a dia sempre haverá leões, ursos e gigantes, mas com Jesus podemos lutar sabendo que a vitória é garantida. Lute para vencer!
Você tem lutado constantemente?
Lembre-se que você é um vencedor e para isso precisa lutar!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um dia de decisão



Os moradores da região em volta do Mar da Galiléia jamais haviam visto tal poder! Ele era um homem que podia curar todas as suas sérias aflições, ressuscitar os seus mortos e alimentar as multidões com migalhas de comida. Um tal mestre e obreiro de milagres seria perfeitamente adequado ao trabalho de resgatar o povo escolhido da opressão romana. Esse tinha que ser o Messias! Por que demorar em fazer dele o seu rei? Não surpreende que desejassem fazer exatamente isso (João 6:15)!
Jesus, contudo, tinha uma perspectiva diferente de sua missão. Havia mais para sua vida e obra do que glória e popularidade. Que escolhas ele faria? O que os outros decidiriam sobre ele? Jesus e seus seguidores enfrentavam um dia de decisão. Leia João 6 e considere suas escolhas.

Um dia importante na vida de Jesus

Quando estudamos os relatos dos escritores do evangelho juntos, podemos ver o significado do dia do discurso de Jesus em João 6. Um estudo cuidadoso dos capítulos 9, 10 e 14 de Mateus, 6 de Marcos e 9 de Lucas auxiliará a perceber os pormenores. Algum tempo antes, Jesus tinha enviado os doze a pregar, e ele mesmo foi a várias cidades pregar. O tempo é, provavelmente, um pouco mais de um ano antes de sua morte. Sua popularidade estava chegando ao auge, ajudada pelo trabalho dos apóstolos.
Quando os apóstolos voltaram de sua missão, o lugar em que eles ficavam se tornou uma colmeia de atividade. Muitas pessoas foram atraídas pelo ensinamento e os milagres dos apóstolos, e queriam ver seu Senhor. Ao mesmo tempo, Jesus recebeu a triste notícia de que João Batista tinha sido decapitado. Tantas pessoas procuraram por eles que Jesus e os discípulos saíram em busca de um lugar para descansar e orar. Mas não era fácil afastar-se do povo. A multidão o seguia, e Jesus ficou comovido com o desejo do povo de estar com ele. Ele ensinava e curava os doentes. No fim do dia, ficou preocupado com que eles estariam muito fracos para irem para casa, por isso alimentou os 5000 com cinco pães e dois peixes.
O povo estava convencido. Este era certamente o Profeta que Moisés tinha prometido. Ele seria o rei ideal. Com seu poder para curar os doentes, ele poderia garantir a perfeita saúde de seus súditos. Com seu poder para multiplicar o alimento, eles jamais sofreriam fome. E tal poder seria suficiente para sacudir as algemas da opressão romana. Eles estavam prontos para coroá-lo seu novo rei. Subitamente, Jesus enfrentou uma crise.
Ele tinha vindo para ser rei, porém não agora, e não desta maneira. O plano de seu Pai exigia outro ano de ministério, enfrentando perseguição, rejeição e, por fim, uma cruz penosa. A exaltação viria, mas somente depois de ter sido humilhado no sofrimento. Ele não tinha vindo para reinar sobre um reino terrestre na Palestina, e não poderia permitir que o plano do povo tivesse sucesso.
Jesus subiu a um monte para orar. Na manhã seguinte, antes de romper o dia, ele caminhou vários quilômetros sobre o mar e, então, acompanhou seus apóstolos até o outro lado do pequeno Mar da Galiléia. Não há menção de repouso físico neste dia extremamente árduo, mas Jesus certamente levou seus problemas ao seu Pai em oração.
A multidão seguiu-o até o outro lado do mar. Muitos pregadores modernos iam sentir-se lisonjeados com tal crescente popularidade entre seus leais seguidores. Eles continuariam a fazer tudo o que se mostrasse eficaz para ajuntar as multidões. Poucos teriam entendimento claro do plano de Deus e coragem desprendida para fazer o que Jesus fez. Vejamos as escolhas dele e as decisões dos outros que estavam naquele dia na Galiléia.

Jesus Cristo

A popularidade é atraente. A maioria das pessoas gosta de ser apreciada. Jesus era, certamente, popular. Milhares estavam seguindo-o, e ele tinha capacidade para continuar a atrair as multidões. Satanás tinha-o tentado antes com um atalho para o poder (veja Mateus 4:8-9), mas agora a oportunidade para ser rei veio completa com os súditos prontos para servi-lo. Certamente eram grandes as necessidades do povo, e não há dúvida de que Jesus sentia grande compaixão por ele. Se já houvesse um momento para reconsiderar sua missão, deveria ter sido esse. Deveria o plano eterno de Deus ser modificado para satisfazer a circunstância da sociedade?
Jesus lutou, sem dúvida, com tais assuntos quando passou a noite orando. Como parece ter sido típico do Salvador, ele emergiu dessa longa sessão de oração com determinação para avançar. Mesmo com risco de perder sua popularidade, Jesus apresentou mensagens que desafiavam o povo a olhar além das coisas físicas para as necessidades reais de suas almas. Ele tinha curado os doentes para provar seu poder para curar suas doenças espirituais (veja Marcos 2:10-12), não para dar-lhes esperança de saúde perfeita nesta vida. Ele tinha alimentado os famintos para satisfazer a necessidade deles e para demonstrar que ele é o pão da vida (João 6:33), não para garantir-lhes prosperidade material.
Mas Jesus se recusou a usar o alimento para atrair as multidões. De fato, quando vieram por este motivo, ele prontamente os repreendeu: "Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo" (João 6:26-27). Sua missão era espiritual, e ele não a abandonaria; não importa o "sucesso" que poderia ter usando outras táticas.
Há uma mensagem poderosa e necessária para nós. Muitas igrejas hoje em dia encontram meios para encher grandes edifícios fazendo o que agrada às multidões. Se o povo quer comida, algumas igrejas oferecerão refeições. Se quiserem aprender inglês, oferecerão cursos de inglês. Se quiserem ficar em forma física, oferecerão aulas de aeróbica. Se querem atividades sociais com os jovens, oferecerão mesas de sinuca e balcões de refrescos nos edifícios de suas igrejas. Se quiserem divertimentos, poderão escolher entre espetáculos de talento ou de capoeira, ou exibições de coros e produções teatrais. Mas antes que percamos nossa fé na palavra de Deus e comecemos a usar tais táticas não autorizadas, vejamos um pouco o exemplo de nosso Senhor. Jesus preferiria ter 12 almas dedicadas a ele, do que 5000 pessoas vindo para satisfazer seus desejos pessoais e físicos. Os apelos não espirituais das igrejas modernas têm tirado Jesus do trono e colocado os caprichos extravagantes das pessoas egoístas em primeiro lugar.

As multidões

"É hora de conseguir um pregador diferente!" Não seria esta a resposta em muitas igrejas de hoje se a freqüência caísse de milhares para dúzias de um dia para outro? Isto foi o que aconteceu a Jesus quando as multidões abandonaram ele. "À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele" (João 6:66).
Esta reviravolta desagradável dos acontecimentos deve ter feito a decisão de Jesus mais penosa. Com alimento físico e curas milagrosas —coisas que apelavam para as preocupações físicas dos seus ouvintes— ele poderia atrair multidões. Mas com a mensagem do maná do céu, salvadora da alma, ele pôde atrair meros punhados.
Era culpa de Jesus? Deveria ele ter apelado para as pessoas satisfazendo as expectativas delas? Deveria ele ter prestado atenção às necessidades e carências delas, esquecendo seus eternos problemas? Deveria ele ter polido sua imagem para se ajustar melhor aos interesses da sociedade contemporânea? Não! Jesus fez a escolha certa. As multidões que o rejeitaram são as que cometeram o erro trágico.
Muitas igrejas de hoje procuram satisfazer as expectativas da sociedade, até mesmo abatendo o espiritual para acentuar o social. Números e estatísticas são ídolos modernos usados para justificar tal desrespeito pela mensagem espiritual do evangelho. Jesus não estava preocupado com grandes números de seguidores, mas com a qualidade dos corações voltados para ele.

Judas Iscariotes

Pare um momento para ler João 6:66-71. Conquanto o texto não diga explicitamente que este foi o momento decisivo na vida de Judas, há muitas indicações de que nesse dia ele deu um grande passo na direção errada. A natureza do assunto que fez com que tantos abandonassem Jesus também teria sido um problema para Judas. Seu materialismo egoísta abateu-o mais tarde, e poderia ter facilmente interferido com sua fé quando ele enfrentou esta provação. Não é sensato nem bíblico afirmar que o deslize de Judas foi instantâneo.
O impacto sobre Judas do destaque espiritual de Jesus parece ter sido o foco do comentário nos últimos versículos de João 6, sobre aquele que logo seria o traidor. Judas teve que tomar uma decisão difícil, e optou por afastar-se de Jesus.

Simão Pedro

Ao mesmo tempo em que muitos outros discípulos voltaram atrás, Pedro levantou-se ao desafio do ensinamento de Jesus. Quer tenha Jesus satisfeito suas idéias e expectativas preconcebidas, quer não, Pedro resolveu seguí-lo porque ele era o Cristo! Precisamos ver o que Pedro viu naquele dia de decisão.
Jesus tem as palavras de vida eterna. Nenhuma filosofia ou método do homem podem melhorar a mensagem do Messias. Não há nenhum outro lugar para onde se voltar (Atos 4:10-12).
Não importam os benefícios que esperamos obter ao seguir Jesus, devemo-lhe nossa fidelidade simplesmente porque ele é o Filho de Deus, que foi investido de plena autoridade sobre tudo. O fato que ele é Senhor exige nossa submissão a ele (veja Mateus 28:18-20; Atos 2:36-38).
A vontade de Cristo pode algumas vezes ser exigente. Nós, como Pedro, precisamos ter fé para seguir quando enfrentamos provações difíceis!

Para quem iremos?

Decisões difíceis foram tomadas naquele dia, na Galiléia, decisões que afetariam as vidas e a eternidade de todos os envolvidos. Podemos aprender com as escolhas de cada um dos que lá estavam. Com Jesus, aprendemos a importância de manter em ordem as prioridades e vemos que a missão do evangelho vai muito além das preocupações físicas e sociais dos homens. Com Judas e com as multidões, podemos ver a loucura de tentar Jesus a se encaixar em nossas expectativas. Com a fé corajosa de Pedro, podemos tirar a força para seguir Jesus pelos motivos certos. Precisamos dizer ao Mestre, como o fez Pedro: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna" (João 6:68).
Para onde você se voltará? Para quem você irá? A decisão é sua!
-por Dennis Allan

Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio.


sábado, 17 de novembro de 2012

A Pérola e a dor


A Pérola e a dor

O bem informado leitor sabia que para criar a pérola a ostra tem de sofrer? Confesso que, na minha doce ignorância, não percebi isso. Ou esquecera. Fiquei sabendo graças a Rubem Alves, que está com livro novo na praça, intitulado exatamente Ostra feliz não faz pérola (edição Planeta, 280 páginas de excelente leitura, como de costume).
Conta Rubem que, como moluscos mansos, sem esqueleto e defesas, as ostras são presas fáceis. Mas com natural sabedoria, que lhes ensinou a fazer as suas próprias casas em conchas duras, impenetráveis. E ali passaram a viver felizes. Até que, um belo dia, a alegria da comunidade foi interrompida por um gemido de dor de uma ostra solitária: um grão de areia havia entrado na concha dela e machucava a sua carne. E doía. Como ela não tinha como livrar-se do grão de areia, tratou de livrar-se da dor, provocada pela aspereza, arestas e pontas do intruso. E passou a envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda.

Pescada por um pescador, a sofrida ostra foi transformada numa deliciosa sopa. À mesa, porém, o comensal foi surpreendido com a presença de um objeto duro escondido dentro da ostra. Tomou-o nos dedos e abriu um sorriso de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola, fabricada pela pobre ostra, que tanto sofrera para fabricá-la. Deu-a de presente à esposa, que também ficou muito feliz.

Sofrendo continuaram apenas as pobres ostras, às quais a natureza delegou a ingrata tarefa de construir pérolas para fazer a felicidade das pessoas. Rubens respeita as ostras porque, com tamanha atribuição, não se entregaram ao pessimismo. Mais do que isso, foram capazes de transformar a tragédia em beleza.

E assenta, com propriedade:
"A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável". Estou com ele.

Mas me pergunto: a história da pérola nascida da dor da ostra não seria uma enorme metáfora da vida? Aí estamos nós com os nossos grãos de areia e nossas dores. Não deveríamos a aprender a transformá-los em pérolas?

Não precisamos ser religiosos ou místicos para saber que aqui estamos para aprender. Para evoluir, física, mental e espiritualmente. Besteira negar fato tão evidente. Caso contrário, a existência não teria sentido. E este mundo seria muito pior do que já é.

Precisamos apenas parar de reclamar da vida, dos grãos de areia que ela coloca no nosso caminho. Mais do que ninguém, sei que não é legal. Atormenta-me as desigualdades deste mundo, os patifes que nos cercam e a desesperança que nos impõem. Mas  é chegada a hora de um novo enfoque. 

Precisamos aprender a enfrentar os reveses com sabedoria, envolvendo-os com a substância lisa, brilhante e redonda da graça,misericórdia, coragem e amor de Deus.
Quando Jesus começa a fazer em nossas vidas, sofremos um pouco, porque tem áreas que não deixamos ser tratadas. E nesse processo ninguém vê , assim como diz o senhor que Ele nos vê em oculto, mas Ele espera que aquele grão de areia se transforme em uma joia. Ninguém conseguiu enxergar o crescimento de Moisés , e José então? Sua própria família deu um jeito de se livrar dele, mas não conseguiam evitar o seu crescimento. Quando o encontraram, não o reconheceram. Ele não era mais um grão de areia, mas já era uma pérola. Queridos não se preocupem com o que pensam a teu respeito, e sim de o que você é para o Senhor, e o que Ele pensa sobre você. As pérolas são sensíveis e frágeis, é preciso cuidados para ela não perder suas características, a pérola não pode ser dividida nem cortada assim como o corpo de cristo, elas são diferentes, cada uma tem seu tamanho e cor, são diferentes como nós, mas cada uma tem seu valor. Elas são cobiçadas, e nós também. O nosso inimigo nos ronda e nos observa, e os anjos também são nossos conservos e estão pra nos guardar, elas podem se perder como Ananias e Safira, e o mais interessante, nem todas as conchas geram perolas, sendo assim, viram pedras brutas, são grossas, geram mágoas, ódio, arrogância, e inveja, não se deixam ser tratadas, não querem ser feridas nem machucadas , você é uma perola querido, deixe ser tratado por jesus. Em Malaquias cap. 3 verso 17 diz que somos o tesouro particular do Senhor escondido, e você é uma pérola linda do Senhor e de um valor imenso, e saiba de uma coisa, para o inimigo você não tem valor algum. Tome posse você é uma jóia !!!

Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio.


domingo, 11 de novembro de 2012

Além do natural

"E e a paz de Deus, que excede todo o entendimento,guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus."

Você já sentiu paz em meio ao caos?Onde você só ouviu palavras negativas como: Dessa noite não passa,não tem mais jeito ,não tem cura.
Em Felipenses 4:7 diz assim: E a paz de Deus,que excede todo o entendimento,guardará os vossos  corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

Excede todo o entendimento,como é isso?
Exceder significa: ultrapassar,passar dos limites,ir além do natural.
Aprendemos na Bíblia que o além do natural se chama sobrenatural,é algo que diante da nossa limitação não tem explicação.

Nesses dias, Deus tem ministrado ao meu espírito essa paz que excede ,que ultrapassa,que vai além,que em meio as situações difíceis,Deus guarda o nosso coração e os nossos sentimentos  em Cristo Jesus.

Salmo 46:1-Deus é nosso refúgio e fortaleza,socorro bem presente na hora da angústia.
Salmo 91:1-Aquele que habita no esconderijo do altíssimo, a sombra do onipotente descansará.

Eu amo a palavra de Deus pois ela é viva e eficaz e tem resposta para tudo e isso é maravilhoso!

Quero contar uma experiência que tive a dois anos atrás,exatamente no dia 11/11/2010 nasce a Sara Paim ,filha da Fabrícia uma amiga e irmã na fé.Uma semana depois a Sara começa a mostrar dificuldade para respirar,ela é levada as pressas para o médico, nesse momento começa sua batalha pela vida.
A Sara passa por vários médicos e hospitais diferentes,até descobrirem um problema muito sério no coração,então ela é encaminhada para um dos melhores hospitais infantis de São Paulo o Samaritano.
Ela passa por uma cirurgia muito delicada no coração,logo depois ela passa por outra cirurgia,agora no pulmão, isso tudo entre o primeiro e o segundo mês de vida,depois dessas cirurgias a Sara vai para a UTI Neonatal, respirando através de aparelhos ,sendo cuidada pelos os melhores médicos, ela fica dentro dessa UTI durante 7 meses entre a vida e a morte.
Durante todo esse tempo nós acompanhamos a Sara de longe,através das nossas orações,pois nós estávamos em outra cidade ,no interior de São Paulo.Num certo momento o SENHOR nos deu o comando de irmos pessoalmente até aquele hospital para orarmos pela Sara,na semana que nós fomos foi uma semana bem difícil,principalmente para  Fabrícia,pois o quadro de saúde  dela havia piorado muito e ela foi desenganada pelos médicos.
Chegamos em São Paulo e fomos direto para o hospital, era uma manhã fria e chuvosa a Fabrícia veio nos receber em prantos,afinal  ela estava ali a 7 meses,7 dias da semana e 24 horas por dia ao lado da Sara,vendo crianças na mesma situação da Sara morrerem todos os dias,de verdade ,o nosso mundo caiu.
Então o Pr Marcelo e Pra Roberta entraram na UTI para orar pela Sara,eu e a Irmã Sueli ficamos do lado de fora olhando e orando pelo vidro,foi ai que aconteceu algo sobrenatural diante daquela situação de angústia eu senti PAZ,eu não conseguia entender o e que estava sentido era algo tão inexplicável que comecei a chorar e sorrir ao mesmo tempo.   
 PAZ que excede o entendimento ,eu sei o que é isso,é ter a certeza que ainda que aqueles que se dizem entendidos disserem que não tem mais jeito o PRÍNCIPE DA PAZ diz:Tem sim, por isso eu amo esse Deus.
Dois meses depois a Sara saiu da UTI e veio para casa,hoje dia 11/11/2012 ela faz dois anos,linda ,inteligente e sem nenhuma sequela,pois o Deus que  sirvo faz tudo perfeito.

Para que a paz de Deus tome conta da minha vida é necessário que eu confie nEle.
Quando estou atravessando o vale da sombra da morte tenho que, como uma mulher de Deus, crer e confiar que Ele está ali comigo atravessando o vale ou talvez até mesmo me carregando em Seus braços amorosos.
Mesmo sendo uma filha de Deus, posso passar por aflições em minha vida mas Jesus me diz ... "tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16:33). Não se preocupe, filha, pois "a minha paz vos dou" (João 14:27). Ele ainda me diz ... "Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27b).
Estes e tantos outros versículos me dão a certeza de que o meu Deus não me abandona, assim como não abandonou nem a Fabrícia e nem a SARA em seus momentos de tribulação. 

Querida irmã, quando temos que atravessar um rio agitado e sabemos que haverá medo, terror e pânico, então temos que antes fazer uma decisão:

1) Vou atravessar este rio rendendo-me a todas estas más emoções?
ou
2) Vou confiar no meu Deus, segurar em Suas mãos, repousar em Seus braços e seguir de cabeça erguida sentindo a Sua paz invadir todo o meu ser?

Recebendo A Paz De Deus.Quando eu decido confiar no Senhor, caminhar com Ele lado a lado, é então que tenho acesso àquela "paz de Deus, que excede todo o entendimento" (Filipenses 4:7a). 
Eu posso ter a paz que tanto necessito através de Jesus Cristo, pois setecentos anos antes de Jesus nascer, o profeta Isaías disse na Bíblia: "Porque um menino nos nasceu ... e se chamará o seu nome ... Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).
Jesus é o Príncipe da Paz. É através dEle que podemos encontrar a verdadeira paz que tanto necessitamos.
A paz que tínhamos com Deus foi quebrada quando Adão e Eva pecaram mas Jesus veio aqui para a terra para resgatar esta paz perdida. Ele morreu no meu e no seu lugar e ... "pela fé nele, temos paz com Deus". Temos, agora, aquela paz que tínhamos perdido.

"Obrigada Senhor, porque Tu és o Príncipe da Paz. Porque Tu não mediste esforços para nos dar esta paz que está sempre conosco nos bons ou maus momentos das nossas vida."



Linda nós te amamos,você é mais que vencedora.

Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio.




  

domingo, 4 de novembro de 2012

Lei da Reciprocidade




A Bíblia é cheia de princípios e leis espirituais que foram criados e revelados por Deus para que o homem tivesse uma vida plena e abundante, além de um estreito relacionamento com Ele.

Uma lei espiritual que aprendi recentemente ao ouvir uma pregação  é referente à reciprocidade de Deus para com os homens. 

Num primeiro momento é certo dizer que Deus trata o homem de modo diverso ao do tratamento que o homem dispensa a Deus.

Porque o amor de Deus aos homens é incondicional, o desejo dele é salvar toda a humanidade, e por isso a sua Graça alcança a todas as pessoas indistintamente, sem qualquer tipo de acepção. Todavia, apenas algumas são salvas, somente aquelas que conseguem crer, por intermédio da Fé, que Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador pessoal!

Até a conversão Deus tenta de todas as formas chamar a atenção do homem para as coisas espirituais, sem esperar nenhuma contrapartida humana que não seja a sua entrega pessoal. Mas a partir do momento em que alguém entrega sua vida a Jesus, e ganha o status de filho, entra em ação a Lei da Reciprocidade.

Esta lei determina que quanto mais você se aproximar de Deus mais Ele também se aproximará de você. Quanto mais você honrá-lo mais Ele te exaltará, quanto mais você se preocupar com as coisas dEle mais Ele cuidará das suas.

Há vários textos na Bíblia que ratificam a Lei da Reciprocidade. Podemos citar a título de exemplificação Tiago 4.8 (“Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós outros”), Salmo 37.4 (“Agrada-te do Senhor e Ele concederá os desejos do teu coração”), Mateus 6.33 (“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas lhe serão acrescentadas”), além de muitos outros.

Podemos então concluir que a Graça de Deus não somente “age” quando ainda não o conhecemos e temos um relacionamento com ele, como também “reage” à medida que nos aproximamos do Pai e lhes damos a devida prioridade nas nossas vidas!

Infelizmente, por não conhecerem esta lei espiritual, muitos cristãos levam uma vida espiritual medíocre, porque esperam sempre que Deus faça algo primeiro, para somente depois “retribuir” a Deus por sua generosidade. Além disso não compreendem o real significado do amor de Deus. Pensam que por serem amados receberão presentes e sentem-se enciumados quando vêem seus irmãos recebendo dádivas espirituais e materiais, o que os faz sentir-se menos amados e desvalorizados.

Deus não faz acepção de pessoas, mas faz acepção de atitudes! 

Como um pai que possui dois filhos que lhe apresentam os boletins escolares, sendo um com notas excelentes e outro com notas abaixo da média, assim também nosso Pai celestial se relaciona conosco. O pai terreno ama os dois filhos, mas um lhe agrada mais do que outro, porque lhe obedece e cumpre seus mandamentos, enquanto que o outro é negligente. O tratamento dispensado a ambos os filhos também será diferente.

Todavia não devemos fazer a coisa certa pelos motivos errados. Não é o mérito e as dádivas que devemos buscar, mas sim agradar a Deus! Esse deve ser o foco! Buscá-lo e sentir prazer na sua presença, na sua palavra, na sua comunhão! As demais coisas são decorrentes.

Muitos cristãos hoje em dia correm atrás das bênçãos e tentam de todas as formas chamar a atenção de Deus sobre suas vidas, mas por não compreenderem a reciprocidade de Deus, nada ou pouca coisa alcançam.

Não sabem que devem buscar o Abençoador, e seguir os seus preceitos e mandamentos, e as bênçãos é que correrão atrás deles (Deuteronômio 28).

Que saibamos oportunizar a Deus situações nas quais Ele possa ser recíproco para conosco!

Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Seu poder se aperfeiçoa na minha fraqueza



“Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” 2 Coríntios 12:10
Parece que Deus gosta de pessoas fracas. Se acompanharmos a história humana e Bíblica veremos pessoas que Deus as chamou de amigos, servos fieis e cometeram deslizes graves. Moisés foi chamado por Deus e seu gênio não era dos mais fáceis por causa disso matou um egípcio e para complicar ainda o enterrou pensando ninguém ter visto. Depois quando foi acusado desse crime fugiu com medo de morrer. Abraão um homem com intimidade com Deus quando saiu de sua terra por duas vezes disse que sua esposa era irmã com medo de morrer. Sansão por desobediência perdeu sua força e morreu tragicamente na mão de uma mulher que seu pai havia dito para não se envolver – Dalila, que o enganou e ele contou onde estava sua força.
Davi outro que amava Deus mais do que todas as forças caiu em pecado por força da fraqueza que era as mulheres, tinha todas que ele quisesse, mas se encantou com uma que estava no terraço tomando banho, não só a desejou como a possuiu e ainda matou seu marido para não ser descoberto. Perdeu o filho devido ao pecado, mas tinha um coração tremendo e arrependido.
No Novo Testamento temos Pedro, medroso temperamental, afoito e quando Jesus foi preso corta a orelha do centurião Romano e Jesus a consertou, mas quando recebe o Espírito Santo se torna corajoso.
Quando digo fraco, falo de pessoas que erraram, vacilaram na fé, mas com profundo relacionamento com Deus a ponto de suas falhas serem uma oportunidade de poderosa intervenção do Senhor em suas vidas.
Hoje não é diferente Deus ainda chama homens e mulheres cheios de falhas, mas com um coração pronto a se arrepender. Todos nós somos falhos, podemos enumerar listas de fraquezas. Temos fraquezas físicas, emocionais e até de caráter. O importante é saber o que fazer com cada fraqueza. Se as usa para o mal ou leva-las perante aquele que pode perdoar pecados – JESUS CRISTO. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”(Isaias 55:8-9)
Você não tem fraquezas por acaso, elas são a fonte de manifestação do poder de Deus em cristo Jesus sobre nossas vidas. É o meio que Ele pode te usar e você não se engrandecer. Deus não fica impressionado com nossas forças e nem com nossa capacidade de vencer o possível, mas fica encantado quando damos conta de vencer a barreira  que nos é posta e seguimos em vitória Nele. Ninguém neste mundo é absolutamente brilhante, quem convive com você sabe disso, mostramos muitas vezes sermos perfeitos em público, mas o nosso particular Deus conhece.
Ser forte gera em nós individualismo, mas quando admitimos nossa fraqueza e buscamos a força de Cristo em nossas vidas Deus não fica limitado ás nossas limitações, Ele as usa para nos fazer crescer Nele, pois somente Nele somos mais que vencedores.
Precisamos admitir que somos falhos, fracos e cheios de defeitos, não apenas olhar o próximo e a criticar, seja sempre honesto consigo mesmo, sua visão sobre você ira mudar consequentemente sobre os outros mudará também. Não podemos esquecer. SOMOS APENAS HUMANOS.

Nossas fraquezas nos impede de sermos arrogantes, veja o que Paulo disse sobre sua fraqueza: “E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais.”(II Corintios 12:7) Paulo sabia que se ele deixasse seu espírito se exaltaria no seu saber e comunhão com Jesus.
Não desanime nunca, faça sempre como Jacó, lutou com Deus teve sua vida marcada, mas foi mudado. Lute com suas fraquezas não as deixe te desanimar nem tirar você do alvo que é Jesus Cristo. Somente Ele consegue enxergar em suas fraquezas ponto forte para atuação milagrosa. Quando sou fraco ai sim em cristo sou forte “Desse tal me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas. Pois, se quiser gloriar-me, não serei insensato, porque direi a verdade.”(II Corintios 12:5-6) O poder de Deus só se aperfeiçoa em nossas vidas pelas nossas fraquezas.
Esteja sempre atento a voz do espírito Santo sobre sua vida, pois Ele é quem nos capacita e realização da obra de Deus. Pois o chamado de Cristo já foi dado e cabe a nós a realização da obra Dele aqui na terra. “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”(Mateus 28:18-20)
Cada um tem seu lado de fraqueza e cada um Deus usa como lhe apraz. Não faça da sua fraqueza sua arma para o pecado consciente, manipulação ou conquistas desonestas. Não deixe que seus medos se tornem empecilhos para a realização da obra de Deus em sua vida. Ele conhece você e te ama como é.
"diga o fraco:Eu sou forte"

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Felicidade Perfeita



Mateus: cap 5: 1-12  

Saber quais são os fundamentos das bem-aventuranças.
Explicar as bem-aventuranças da mansidão e da misericórdia.
Conscientizar-se de que a prosperidade dos bem aventurados firma-se nas coisas espirituais e não nas materiais.
  1. Ser bem-aventurado é…
  2. 1. Ter paz e comunhão com Deus (1 Co 1.9).
  3. 2. Ser regenerado (Tt 3.5).
  4. 3. Experimentar uma mudança interior (2 Co 5.17)
  5. 4. É ter a certeza de que Jesus supre todas as necessidades (Sl 23.1).
  6. 5. É ter alegria em toda e qualquer situação (1 Ts 1.6; Hc 3.17,18)

Palavra Chave – Bem-aventurança: Do grego. makarismós; felicidade perfeita.
Veremos:
- As bem-aventuranças de Jesus destacam os princípios que fundamentam a Lei e os Profetas.
- Em cada expressão de bem aventurança, enfatizam as riquezas espirituais em detrimento das materiais.
- As bem – aventuranças ensinadas por Jesus, rompe com os ensinamentos dos fariseus, estes eram muito ligados à Lei e tradições ();
- Após esta aula veremos a necessidade de observamos o Sermão do Monte, chamado por muitos de A CARTA MAGNA DO REINO DOS CÉUS.
- Se não recorrermos aos ensinamentos do Nosso Mestre diariamente, jamais seremos verdadeiros discípulos (Mt 10.25a).
I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS
1. O significado das bem-aventuranças.
- Nesse primeiro momento veremos o significados para expressão no latim, grego e hebraico, veremos também o seu significado cultural nos tempos da Grécia Clássica e bem-aventurado:
a) Bem aventurado, vem da palavra latina beatus que originou o termo beatitude.
b) No original grego, o vocábulo usado por Mateus é makarios, cujo significado lembra felicidade, alegria divina e perfeita;
c) No hebraico, por outro lado, o vocábulo esher é traduzido, no salmo primeiro, com o sentido de quão felizes são! O sentido, portanto, é o de alguém que é feliz aos olhos de Deus por amar intensamente ao Senhor;
d) Na literatura grega clássica, (entre os séculos VI e IV a.C), a palavra referia-se prosperidade material;
e) Na literatura sapiencial hebraica, ela se refere a uma condição de bem-estar espiritual com Deus (Sl 1.1; 32.1; 112.1). Jesus mantém esse último sentido.
2. Bem-aventurados os pobres (Mt 5.3).
- Na ótica do Sermão do Monte, a pobreza não é vista como escassez de bens materiais; mas como necessidade da alma.
- Pobre, é o que tem uma carência espiritual e reconhece suas necessidades espirituais e conseqüentemente almeja um relacionamento profundo com Deus;
- Temos o exemplo do salmista:
- Sl 42. 1-5.
Aplicação:
- Como servos de Deus, devemos entender que a nossa intimidade com Ele é inegociável e indispensável à nossa vida espiritual, devemos desejar ardentemente conhecer o Santíssimo lugar, pois o véu do templo foi rasgado (Mc 15.38), isso nos dar liberdade de chegarmos diante dEle com confiança e ousadia (Ef 3.12), se buscarmos esse lugar termos experiências marcante, e quem sabe falar sabe, semelhante a que Paulo teve (Ef 3.14-19).
3. Bem-aventurados os que choram (Mt 5.4).
- Por que um crente chora?
Motivos:
- Em decorrência de nossa própria situação espiritual, quando aprofundar nossa comunhão com o Senhor querendo estar mais próximos dEle e suspiramos por uma intimidade maior com o Pai celeste.
- Por causa da situação espiritual em que o mundo se encontra (Is 6.5);
- Quando reconhecem a miséria do “eu” corrompido pelo pecado. Sua tristeza é resultado daquele susto abissal diante da natureza pecadora cabalmente decaída e condenável do ser humano, diante do abismo cheio de veneno do pecado. Nessa situação totalmente desesperadora da pessoa, unicamente o Senhor pode proporcionar o consolo;
- Mas apesar de tanto sofrimento, o consolo certamente virá (Ap 7.17).
II. A BEM AVENTURANÇA DA MANSIDÃO E DA MISERICÓRDIA
1. Bem aventurados os mansos (Mt 5.5).
- Manso é aquele que demonstra total submissão à vontade de Deus, mesmo quando esta parece contrariar seus interesses pessoais;
- Manso também é aquele que, apesar de injustiçado, não procura a própria vingança, mas confia em Deus como seu legítimo defensor (Is 41.17; Lc 18.1-8);
- Manso nesse contexto é submissão consciente ao querer divino;
- Os mansos são bem-aventurados porque são capazes de suportar sem amargura e sempre de modo amigável as cargas pesadas que lhes são impostas.
Aplicação:
- Se agirmos com mansidão e submetermos à vontade divina; Seremos verdadeiramente prósperos, assim seremos ricos, diante de Deus, possuidores de bens que não se compram com dinheiro dessa terra – mas nos foi concedido pelo Sangue de Cristo.
2. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça (Mt 5.6).
- Os verdadeiramente prósperos são os que têm um forte desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente, sendo conscientes de que a verdadeira prosperidade só é alcançada com a instauração do Reino de Deus.
- Ter fome e sede é o mesmo que “perseguir a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Satisfação e refrigério por meio de Jesus há somente quando temos fome e sede, quando desejamos ardentemente agir em tudo como agrada ao Senhor, em pensamentos, palavras e ações. Por conseguinte, a justiça é dádiva, que não se conquista com esforço, e sim se recebe de presente. Justiça não é produzida, mas recebida.
- Contrasta com a “justiça dos fariseus” (Mt 5.20)
3. Bem-aventurados os misericordiosos (Mt 5.7).
- Misericordioso, grego, “boa vontade ao miserável e ao aflito associada ao desejo de ajudá-los”.
- Em o Novo Testamento, a expressão ocorre com freqüência no sentido de perdão;
- O bem-aventurado tem um coração perdoador e ao mesmo tempo disposto a socorrer os mais necessitados.
Aplicação
- É momento de nós olharmos para o principio da religião pura e sem mácula, que nos diz: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27).
III. A BEM-AVENTURANÇA DA PUREZA E DA AFLIÇÃO
1. Bem-aventurados os limpos de coração (Mt 5.8).
- Nesse contexto, Jesus se refere ao homem que se acha limpo e isento de culpa. É uma pureza que vem de dentro, origina-se na alma.
- O termo “coração” refere-se ao pensar, sentir e querer. Assim como no próprio Deus tudo é verdade, sinceridade e pureza, também os de coração limpo têm a vida cheia de verdade, sinceridade e pureza! O exterior é revelação do interior. O ser é tudo! Aparência não é nada.
- Impureza é estar separado de Deus. Porém, aos que são verdadeiros e puros de coração, terão o privilégio inefável de ver a Deus. Em Jesus já se pode ver Deus agora. Como é maravilhoso contemplar o Senhor desde já través da sua palavra. Mas um dia o veremos como Ele é (1 Co 13.12; 1 Jo 3.2).
2. Bem-aventurados os pacificadores (Mt 5.9).
- A Peshita, tradução aramaica de Mateus feita em 150 d.C, traduz essa expressão como os que fazem a paz! O pacificador é alguém que não somente ama a paz, mas encontra-se comprometido com o processo que a ela conduz entre as pessoas.
Aplicação
- Temos que semear e seguir a paz (Hb 12.14), pois servimos a um Deus de Paz (1 Co 14.33).
3. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10,11).
- O princípio que o Senhor Jesus expõe é frontalmente contrário à filosofia materialista deste século. Sofrer injustiça, ser perseguido e até mesmo martirizado por causa do Reino de Deus são evidências de uma bem-aventurança eterna.
- É o que ensina Jesus. Dificilmente os pregadores da prosperidade aceitarão tais coisas. No entanto, eles se esquecem da advertência do Senhor: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

As bem-aventuranças de Jesus contrariam totalmente os conceitos da Teologia da Prosperidade. A grande lição que aprendemos com o Mestre é que o homem realmente próspero não é aquele que pode ser avaliado de forma superficial e materialista, mas aquele que encontrou a paz em Cristo (Rm 5.1). Isso não significa que Deus não queira que os seus filhos prosperem materialmente. Mas a prosperidade material nada representa sem a espiritual.
Deus abençoe vocês.
Missionária Jussara Torchio.