sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Simplesmente como Jesus

"e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração;encontrarei descanso para vossa alma"


Humildade significa  terra fértil, vem  da palavra húmus que significa : solo sobre nós. É a qualidade das pessoas que procuram se manter no nível dos outros, ninguem é pior ou melhor do que os outros, todos estamos no mesmo nivel de dignidade, de cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade
Humildade é assumir, seus direitos e obrigações, erros e culpas  sem resistir,agir diferente disto, é uma arrogância e uma negação da sua origem. A humildade é uma virtude humilde, porque quem se vangloria da sua, na realidade pode ter falta dela. É um sentimento adquirido lentamente pelo trabalho interior ou provocado pelo conhecimento, que existe um ser superior ao mesmo.
A humildade é um sentimento de extrema importância, porque faz a pessoa reconhecer suas próprias limitações, tem modéstia e ausencia de orgulho. A humildade consta em praticamente todos os textos da Biblia, onde diz-se que "quem se humilha será exaltado, e quem se exalta será humilhado”.

A MULHER CANANÉIA

Uma vida marcada pela fé, perseverança, adoração e humildade! "E disse-lhes:por que sois tão tímidos?Ainda não tendes fé?”(Mc4:40)A perseverança é um sentimento poderoso em nossa vida.Podemos observar isso na mulher Cananéia (Mt 17:21-28),cujo nome não é mencionado na Bíblia,porém o conjunto de qualidades apresentadas por ela certamente servirá para enriquecer a nossa vida com Jesus. Aquela mulher estava passando por um momento difícil.Sua amada filha estava doente.Então,aquela mãe aflita não perdeu a oportunidade e foi buscar a resposta no lugar certo.
A sua confiança em Jesus era grande.Sabia que o mestre tinha poder para realizar milagres.Assim,somente Ele poderia operar a cura da sua filha.E foi justamente essa certeza que a impulsionou em sua determinação de buscá-lo,embora o seu pedido,a princípio,tenha sido em silêncio.Ela não se intimidou,antes,entendeu rapidamente o que estava acontecendo naquele momento e continuou clamando por ajuda.


Históricamente,a mulher cananéia é a certeza de que precisamos ter fé e confiar em Jesus,mesmo quando estamos vivendo ao lado de pessoas incrédulas,que buscam outros deuses. Em Marcos 7:24,encontramos o seguinte relato:”Levantando-se,partiu dali para as terras de Tiro e Sidom.Tendo entrado numa casa,não queria que ninguém soubesse,mas não pôde ocultar-se”.
Naquele lugar de povos pagãos e totalmente afastados de Deus,existia uma mulher que vivia nas imediações.Por certo,já havia ouvido falar dos milagres do Messias e o aguardava ansiosamente,porque estava vivendo momentos de grande tribulação.Essa passagem nos faz lembrar de outra mulher cananéia chamada Raabe (Js 6:17-22) ou ainda do centurião romano de Carfanaum (Mt 8:5-13).Foram pessoas sensatas e sabias.Estavam atentas ás boas-novas e não perderam a oportunidade de clamar.Afinal,precisavam de um milagre e depositaram sua esperança no Mestre da Galiléia.

A DOENÇA DA FILHA
Aquela mãe não suportava mais ver o sofrimento da filha,que estava endemoninhada.Por conta dessa possessão,o corpo da menina se contorcia todo,estendia os braços agitando-se violentamente.De olhos arregalados,falava com espíritos,os quais sua mãe não podia ver.A expressão do seu rosto mudava subitamente,além de dar altas gargalhadas (Mt 15:22).
Mesmo sendo sírio-fenícia de nação,essa mãe não vê barreiras que pudessem impedir de ir até Jesus.pelo contrário,vai ao encontro do Enviado de Deus e,com as mesmas palavras usadas pelo cego Bartimeu,aproximou-se de Jesus e lhe pediu socorro,dizendo:”Senhor,Filho de Davi,tenha misericórdia de mim”.O título pelo qual chamou Jesus,ou seja,”Filho de Davi”,era atribuído ao Salvador esperado pelo povo de Israel.
A mulher chama por Jesus na esperança de ser atendida.E manifesta,naquele momento,todo o seu desespero,angústia,medos e incapacidade diante do mal que atinge a sua filha.Jesus fica calado.Sabe de seu do sofrimento,mas não responde.Contudo,uma vez na presença do Senhor,ela não se intimida.Queria um milagre.Tinha a certeza de que a sua filha seria curada e todo aquele sofrimento chegaria ao fim.Tinha consciência do tamanho da sua fé.
Diante da sua situação,os discípulos pedem a Jesus para fazer alguma coisa.Queriam que o Mestre afastasse aquela mulher importuna.Mas Jesus responde da seguinte forma:”Eu não fui enviado senão ás ovelhas perdidas da casa de Israel”(Mt 15:24).Com essa resposta clara,Jesus estava afirmando que tinha sido enviado e,portanto,deveria cumprir os planos daquele que o enviou:Deus,o Pai.A expressão “ovelhas perdidas” quer dizer,também,”ovelhas feridas”,”ovelhas doentes”,de modo que a cura das pessoas que não pertenciam a Israel não estava em suas mãos conceder.
Mas aquela mulher,mesmo ouvindo o que ouviu,não desistiu.Pelo contrário,insistiu,não desanimou.Ajoelhou-se diante de Jesus e o adorou.O seu clamor foi: “Senhor,socorre-me”.Então, mais uma vez,Jesus quebra o silêncio e responde,de forma inesperada:”Não é bom pegar o pão dos filhos e lança-lo aos cachorrinhos”(Mt 15:26).Mas a fé daquela mãe desesperada foi maior,a ponto de ela dizer ao Mestre:”Sim,Senhor,mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”(Mt15:27).Maravilhado com a sua atitude,Jesus lhe respondeu: “Ó mulher,grande é a tua fé!Seja feito para contigo,como tu desejas.E desde aquela hora a sua filha ficou sã”(Mt15:28).
Jesus certificou-se da fé,da adoração,da humildade e da perseverança daquela mulher,por isso atendeu ao seu pedido.Naquele mesmo instante,a mulher voltou para a sua casa e,ao chegar,viu que a sua filha estava curada,já não apresentava mais as manifestações demoníacas,antes,voltou a ser meiga,como sempre fora.
Vivemos num momento em que tudo parece que nos atinge.Por qualquer motivo,sentimo-nos agredidos.O menor problema nos deixa desanimados,tristes,sem vontade de continuar.Se recebêssemos uma resposta como a que a mulher cananéia recebeu,qual seria o nosso comportamento?
Muitos,infelizmente,ainda não têm as qualidades imprescindíveis apresentadas por aquela mulher em desespero,por isso não conseguem adorar ao Senhor Jesus e entender o seu silêncio. A mulher cananéia possuía qualidades dignas de admiração.E,certamente,como cristãos,precisamos adquirir tais qualidades para que possamos,cada vez mais,acreditar nas promessas de Jesus.Vejamos as qualidades que marcaram aquela mulher:

- Os gentios e soberanos de sua cidade não viram o que aquela mulher,não sendo israelita,pôde ver.Ela enxergou além da visão natural com a máxima certeza.

PERSEVERANÇA - Ela procurou saber onde estava o “Filho de Davi”e,quando o encontrou,moveu um clamor.Mesmo diante do silêncio de Jesus,continuou pedindo misericórdia.E não parou por aí.Pelo contrário,diante da resposta inesperada de Jesus,compreendeu bem a situação.Não desanimou nem desistiu.Clamou ainda mais,pedindo:”Senhor,socorre-me”.“Perseverai em oração,velando nela com ação de graças(Cl 4:2).

HUMILDADE - Mesmo sem ter o seu nome registrado na Bíblia,ela foi um grande exemplo de simplicidade.Acreditou nas promessas,conhecia o poder de Jesus e pediu com fé.Foi testada,mas,mesmo assim,respondeu:”Sim,Senhor,mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”.Ela sabia que uma palavra ou somente um gesto de Jesus traria a cura da sua filha.
“O que lavra a sua terra se fartará de pão;mas o que segue os ociosos é falto de juízo”(Pv 12:11). Fé,perseverança e humildade!Esses sentimentos precisam ser despertados cada vez mais e praticados por todos os cristãos,que devem fazer valer as palavras do Senhor e vivenciá-las.Devemos aprender o significado da palavra fé e entender a grandeza do amor de Jesus em nossa vida e confiar!
Esses são os sinais da nossa fidelidade:fé,perseverança e humildade.Devemos ser perseverantes e buscar o Senhor sempre,com confiança,porque somente assim transformaremos preocupações em paz e tristeza em alegria.
Se em algum momento,ao longo da nossa vida,sentimos desânimo,devemos nos lembrar da mulher cananéia.

Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio.





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O poder da graça

Trouxe-me para um lugar espaçoso;livrou,porque tinha prazer em mim.(Salmo 18:19)


Porque pela graça sois salvos,por meio da fé;e isto não vem de vós é dom de Deus.


A salvação do homem é vista pelas religiões do mundo inteiro apenas de dois modos: o homem é salvo pelos seus méritos ou pela graça de Deus. A salvação é um caminho aberto pelo homem da terra ao céu ou é resultado do caminho que Deus abriu do céu à terra. O homem constrói sua própria salvação pelo seu esforço ou recebe a salvação como dádiva imerecida da graça divina. Não existe um caminho alternativo nem uma conexão que funde esses dois caminhos. É impossível ser salvo ao mesmo tempo pelas obras e pela graça; chegar ao céu pelo merecimento próprio e ao mesmo tempo através de Cristo.

A soberana graça de Deus é o único meio pelo qual podemos ser salvos.

1. A graça de Deus é um favor concedido a pecadores indignos.

Deus não nos amou, escolheu, chamou e justificou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. A causa da salvação não está no homem, mas em Deus; não está no mérito do homem, mas na graça de Deus, não está naquilo que fazemos para Deus, mas no que Deus fez por nós. Deus não nos amou porque éramos receptivos ao seu amor, mas amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Deus nos escolheu não por causa da nossa fé, mas para a fé; Deus nos escolheu não porque éramos santos, mas para sermos santos; não porque praticávamos boas obras, mas para as boas obras; não porque éramos obedientes, mas para a obediência.

2. A graça de Deus é concedida não àqueles que se julgam merecedores, mas àqueles que reconhecem que são pecadores. 

Aqueles que se aproximam de Deus com altivez, cheios de si mesmos, ostentando uma pretensa espiritualidade, considerando-se superiores e melhores do que os demais homens, são despedidos vazios. Porém, aqueles que batem no peito, cônscios de seus pecados, lamentam sua deplorável condição e se reconhecem indignos do amor de Deus, esses encontram perdão e justificação. A graça de Deus não é dada ao homem como um prêmio, é oferta imerecida; não é um troféu de honra ao mérito que o homem ostenta para a sua própria glória, mas um favor que recebe para que Deus seja glorificado.

3. A graça de Deus não é o resultado das obras, mas as obras são o resultado da graça. 
Graça e obras estão em lados opostos. Não podem caminhar pela mesma trilha como a causa da salvação. Aqueles que se esforçam para alcançar a salvação pelas obras rejeitam a graça e aqueles que recebem a salvação pela graça não podem ter a pretensão de contribuir com Deus com suas obras. A salvação é totalmente pela graça, mediante a fé, independente das obras. As obras trazem glória para o homem; a graça exalta a Deus. A graça desemboca nas obras e as obras proclamam e atestam a graça. As obras são o fruto e a graça a raiz. As obras são a consequência e a graça a causa. As obras nascem da graça e a graça é refletida através das obras.

4. A graça de Deus é recebida pela fé e não por meio das obras. 

A salvação que a graça traz em suas asas é recebida pela fé e não por meio das obras. Não somos aceitos diante de Deus pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz. A fé não é meritória, é dom de Deus. A fé é o instrumento mediante o qual tomamos posse da salvação pela graça. O apóstolo Paulo sintetiza este glorioso ensino, em sua carta aos Efésios: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8-10).




Quando se lê: ‘pela graça sois salvos’, a graça não se restringe somente a ideia de ‘favor imerecido’ ou de ‘dom não merecido’, como muitos pensam, antes a graça refere-se à pessoa de Cristo: a graça de Deus revelada.
Como cristãos, sabemos que não merecíamos tão grandioso amor, porém, devemos ter em mente que foi do agrado de Deus nos amar mesmo que isto implicasse no sofrimento de Cristo ( Is 53:10 ). Deus enfatiza o seu amor pela humanidade ao entregar o seu Filho em resgate de muitos, porém, em momento algum ele lança em rosto o fato de os homens não merecerem o seu favor.
Podemos ter em mente que não merecemos tamanho dom, porém a ênfase do evangelho não está na falta de mérito do homem, antes tem por base as virtudes de Deus. O pseudo evangelho que lança em rosto a falta de mérito do homem é paupérrimo, diferente do evangelho que enfatiza as virtudes daquele que nos chamou.
Enfatizar a falta de mérito do homem para dimensionar a graça de Deus soa como se Ele tive dó da humanidade, diferente do que foi demonstrado na cruz: amor que tudo suporta.
O apóstolo Paulo sabia qual era a sua condição anterior à salvação em Cristo, porém, as vezes que ele faz referência à sua antiga condição, a ênfase estava no amor de Deus e, não na falta de mérito do homem: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” ( Rm 5:8 ); "Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal, mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna" ( 1Tm 1:15 -16).
Portanto, quando se lê acerca da graça de Deus, não é de bom tom enfatizar que se refere a um favor imerecido, como se Deus estivesse lançando em rosto a condição do homem, antes devemos demonstrar com quão grande amor Deus amou a humanidade ao nos conceder o evangelho, que é poder de Deus que faz dos homens filhos de Deus ( Jo 1:12 e Rm 1:16 ).
A salvação é dom porque Deus concedeu a abundância da graça a todos os homens sem distinção alguma ( Rm 5:17 ; Rm 10:12 ). Cristo é o dom de Deus porque ele foi derramado ricamente sobre os necessitados de espírito ( Tt 3:4 -7 ; Is 52:1 -3).
A questão de o homem não ter condições de conquistar a salvação por seus próprios méritos é secundária quando se aborda o dom de Deus. O motivo pelo qual Deus quis salvar os homens centra no seu grande amor e não na incapacidade do homem.

Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio
Música: Amazing Grace (Maravilhosa Graça) 



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O tempo de cantar chegou! É Primavera!


" Fé, é contemplar a seca de sombrinha na mão, acreditando na chuva"



A primavera está chegando ,tome posse da sua benção.


“Haveria  coisa alguma difícil ao Senhor? Ao tempo determinado, tornarei a ti por este tempo da vida e Sara terá um filho” Gn18:14 Falaremos de passagem, de um novo tempo, em que os invisíveis desejos de nosso coração foram regados pela fé e Deus, em Seu poder e Glória marca dia e hora para cumpri-los. No versículo chave de nosso estudo ( Gn. 18:4)  Deus fala a Sara e Abraão que tornará a visitá-los “por este tempo”, e que tempo era aquele? Era páscoa: Começo da primavera. Sendo assim, o que Deus prometeu foi: “ Tornarei a ti na primavera” Gn.  18:14.
Algumas traduções trazerem claramente a palavra “primavera” nessa parte das escrituras.

Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera.  A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra "páscoa" – do hebreu "peschad", em grego "paskha" e latim "pache" – significa "passagem", uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.

Os gregos, supersticiosamente comemoravam a chegada da primavera reverenciando a deusa Ostéra que segurava um ovo em uma das mãos enquanto observava um coelho, símbolo de fertilidade, pular alegremente em redor de seu pés desnudos.

Para judeus e cristãos a “pache”, passagem, ou Páscoa ganha novo significado. Deus destrona os falsos deuses do Egito demonstrando ter domínio sob toda a natureza: vegetal, animal e humana. Nesse cenário, como última e definitiva estratégia de libertação dos israelitas, Jeová orienta Moisés a marcar a residência dos israelitas com sangue de Cordeiro. O sangue era sinal de vida, libertação. Assim na noite em que há morte e pranto nas tendas dos Egípcios, há alegria, renascimento e libertação para os judeus. Ostéra, deusa pagã é reduzida a pó. O novo tempo, não seria mais uma comemoração a sua divindade, mas ao Único e Verdadeiro Deus.

É necessário fazermos esse “passeio” na história para compreendermos bem o que Deus disse para Sara e Abraão: “Tornarei a ti no ano vindouro, na primavera e Sara terá um filho


Sonhos Regados Pela Fé
Digamos que o casal de velhinhos (Sara e Abraão), estavam como a moça da imagem que ilustra o artigo: Vivendo na seca segurando um guarda chuva. A fé os sustentava, alimentava. Para Sara, a menopausa já havia chegado, como poderia ainda ter filhos? Uma árvore seca, de mortas raízes, daria frutos porventura?  Pensando naturalmente não. Impossível !

“Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós. (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.” Rm. 5:16,17

Somente pela fé viveria Abraão. Sem ela sua vida não faria sentido. Ele dormia e acordava instigado pela visão de Isaac correndo para abraçá-lo. Cada criança que se apresentava a sua frente, ele via Isaac, seu herdeiro. Somente pela fé, o casal viveria um novo tempo que recriaria o relacionamento em graça e vigor.

Essa fé, presente em Abraão está disponível para nós através de Cristo Jesus. Você pode dizer: Não consigo ter essa fé, nem todos podem tê-la, somente os que Deus escolheu para tê-la. E firmada na Palavra de Deus, repito o que está escrito nos Evangelhos:

“Disseram então os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé. E disse o Senhor: Se tivesses fé como um grão de mostarda direis a esta amoreira : Desarraiga-te daqui e planta-te no mar; e ela te obedeceria.  Lc 17:5.

Essa fé Bíblica, não vem de um esforço natural do homem, de sua mente, de outra sorte, não seria fé. Ela vem de um relacionamento sincero com Deus, do buscá-Lo e compreender Sua vontade. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” Rm 10:17

Abraão ouviu a promessa e acreditou, e por que acreditou? Pela fé somente. Ele conseguiu ver o que ainda não era concreto. Deus falou e tudo se formou no íntimo de Abraão: Sim Senhor creio que me darás um herdeiro, na primavera, consigo ver o riso de meu filho, a cor de seus cabelos, seus olhos a fitar-me. Obrigada Deus!

Davi em um de seus Salmos afirma que através da Palavra de Deus ele é sustentado de forma a não perecer diante das aflições: “ Se a tua lei não fora toda a minha recreação, há muito que pereceria na minha aflição” Sl 119:42.

Essa fé que nos torna herdeiros do Reino é regada pela Palavra: Quanto mais A conhecemos  mais fé temos. Não falo de um conhecimento histórico, científico, literário, mas de um conhecimento instituído pelo amor: Creio porque amo Deus e amo a Deus porque O conheço. Conhecer plenamente é impossível porque Deus não pode ser apreendido em Sua totalidade pela mente humana, mas conheço o que Ele me revela e o que Ele me revela é o Suficiente para me sustentar.

Sendo assim, te convido a crer como Abraão e a viver como Davi. Te convido a amar O que te ama de tal forma que o amor que se faça em ti seja maior do que toda impossibilidade e aflição.



A Recompensa para os que amam

As folhas caíram devagar uma por uma, até que os galhos se tornaram nus e o chão coberto de folhas.  As  “ lágrimas” das árvores adubaram o solo que fez reviver a raiz, e as folhas e os frutos. Era primavera...

“ E o Senhor visitou a Sara como lhe tinha dito; e fez o Senhor a Sara como tinha prometido. E concebeu Sara e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus  lhe tinha falado. E Abraão pôs no filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, o nome de Isaque” Gn 21:1-3. Eis a passagem, a páscoa de Sara e Abraão, o novo tempo.

Que a Primavera se faça em Vós
Existe uma ordem natural no mundo feita por Deus: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” Gn.  8:22 . Essas estações também ocorrem em nossas vidas, graças a Deus por isso! A noite pode representar a dor, o sofrimento, mas é nesse período que repousamos e renovamos nossas forças para viver o dia. É em meio a aflição que exercitamos nossa fé, aprendemos a crer no invisível, no que as trevas fazem questão de tentar ofuscar.

Se estamos firmados em Deus e temos fé Nele, viveremos Primaveras. Um tempo em que toda lágrima serviu de adubo, toda sequidão virá convertida em folhas e frutos. Deus não mudou. Ele chama a mim e a você para ouvi-Lo, para crer que Ele pode, que nos ama eternamente e quer nos conceder Isaac's. Nunca desista de crer. Não desanime, porque “Deus virá a ti na Primavera”, marcando a passagem e renovando-lhe a vida em graça e realizações.

Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio.




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Quem ama obedece.


“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” – Lucas 6.46
Observe que a nossa confissão de Jesus Cristo como Senhor das nossas vidas é a essência do nosso recebimento da salvação pela fé (Rm 10.9,10). Não O chamamos de “Senhor” como um mero título! É este reconhecimento do senhorio de Cristo, o ato de nos rendermos ao Seu governo sobre as nossas vidas, que nos introduz no Reino de Deus! A palavra “senhor” significa “amo”, “dono”. Para nós hoje, que não vivenciamos a realidade da escravatura, este significado pode ser diferente, mas os discípulos de Jesus e todas as demais pessoas dessa época conheciam bem este termo! Portanto, todos sabiam que o reconhecimento de Jesus como “Senhor” significava a decisão de obedecê-lo
CHAMADOS À OBEDIÊNCIA
Desde a primeira vez em que foi proclamada, a fé em Cristo traz consigo o sentido da obediência. Por isso nos deparamos com a indagação (e indignação) do Senhor Jesus: “Por que não fazeis aquilo que eu mando?” (Lc 6.46). Se O reconhecemos como “Senhor”, então devemos obediência a Ele, e ponto final! Foi para isto que fomos chamados:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” – Mateus 28.19,20
Jesus ordenou que a Sua Igreja guardasse os Seus ensinos e também reproduzisse esta visão de obediência nas próximas gerações de discípulos. Ele esperava que cada um dos discípulos (que seriam feitos nas nações) entendesse que a responsabilidade de cada um deles seria guardar (obedecer, praticar) o que Ele ensinou.
O que caracteriza um discípulo de Cristo é a sua obediência ao Seu ensino. O ministério de ensino é importantíssimo e foi ordenado pelo próprio Cristo, mas deve levar as pessoas à prática!
 “E qual de vós terá um servo a lavrar ou a apascentar gado, a quem, voltando ele do campo, diga: Chega-te e assenta-te à mesa? E não lhe diga antes: Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me, até que tenha comido e bebido, e depois comerás e beberás tu? Porventura, dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? Creio que não. Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.” – Lucas 17.7-10


Em algum lugar, ha algum tempo, ocorreu uma seguinte conversa entre 2 mulheres de Deus, onde uma questionou a outra:
Irmã, você conta que Deus fala com você. Você vai e faz o que Ele manda e é bem sucedida – e volta tão feliz! Por que Deus não fala comigo como Ele o faz com você?”
Então esta respondeu: “Não sei. Deus fala de todos os modos possíveis e diferentes: ora fala pelo Seu Espírito, que mora dentro de mim, ora pela Sua palavra quando eu a leio, ora pela experiência, ora pelos irmãos na fé e de muitas outras maneiras. Muitas vezes me encontro de joelhos e pedindo-Lhe, fala Senhor, porque a tua serva ouve.”
A irmã que tem ouvido a Deus, contou uma história verídica:
Certo pregador visitou uma família de sete filhos. Muito admirado, ele presenciou que a mãe, grávida do oitavo filho, picava lenha, enquanto os filhos grandes brincavam despreocupados no gramado. Durante a conversa, o pregador perguntou para aquela mãe por que ela não pedia para algum de seus filhos mais velhos, fizesse este serviço de picar lenha, para ela. A mãe, muito triste e cansada, respondeu:
“Eu cansei de chamar meus filhos. Eles não me obedecem.”
O pregador concluiu o seguinte, e isto gravou no meu coração, disse a irmã, que havia contado a história:
“Deus não chama dez vezes para um mesmo serviço. Se Ele chama, Ele quer obediência imediata.”

Quantos jovens, adultos estão sendo chamados pelo Mestre, mas eles não dão ouvidos. Quantas crianças e  desamparadas estão por ai?! Quantos meninos de rua e velhos que não tem de quem receber atenção e carinho!
Quantas almas vão para o inferno porque não conhecem a Jesus, seu amor e seu perdão?

Amigo leitor, vá hoje a seara do Senhor. Seja luz, sal, fermento numa sociedade perdida no caos. Leve o amor, leve a Cristo a este povo oprimido pelo pecado. Deixe que Deus fale com você, escute o que Deus está lhe pedindo e faça.


Que o Senhor nos ajude a vivermos em obediência total, pois esta é uma característica dos que amam a Deus:
“Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados.” – 1 João 5.3

Deus abençoe vocês.
Missionária Jussara Torchio.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O caminho para felicidade


 Lucas7:36-38

Um fariseu chamado Simão, convidou Jesus para um jantar .Muitos ficaram sabendo desse jantar que Jesus ia ter na casa do fariseu, dentre esses tinha uma mulher que é conhecida como a mulher pecadora, essa mulher sabendo que Jesus ia a casa do fariseu levou um vaso de alabastro com unguento.

Uma curiosidade é que quando alguém importante ia jantar na casa de alguém, alguns que não participava do jantar, ficavam ouvindo e observando tudo naquele ambiente.
A situação da mulher era totalmente diferente da situação que temos hoje.

A mulher não podia assumir cargo nenhum, essa mulher especificamente não tinha uma boa reputação, e ai já dificultava para ela casar-se com alguém de bem. Em Lv 27.1-8 sugere que a mulher valia apenas a metade de um homem. Os meninos eram ensinados a tomar decisões e governar sua família, já as meninas eram preparadas para casar e ter filhos. A mulher podia ser vendida pelo pai para saudar uma dívida. Houve um tempo em que as mulheres nem entravam no templo.

Ela quebrou o vaso de alabastro com um perfume de nardo puro, ai você me pergunta por que você esta dizendo que ela quebrou se aqui no texto não fala.

O alabastro é como se fosse uma porcelana, é uma pedra preciosa muito sensível, e era exatamente dessa pedra que era produzido jarros para colocar perfumes, a questão é que esses jarros não tinham tampas como hoje, esses jarros tinham um pescoção que tinha que ser quebrado para o perfume ser usado.

O unguento era feito de nardo, nardo é uma raiz de uma planta raríssima encontrada nos montes mais altos do Himalaia. Era muito raro e muito caro.
Muita gente usava esse perfume uma vez na sua vida.
Provavelmente a mulher quebrou aquilo que ela tinha mais de valioso.

Tema: O caminho para a felicidade, você quer ser feliz?
Reconheça quem você é

A mulher reconheceu quem ela era.
Ela se humilhou aos pés de Jesus, chorando regava seus pés com lágrimas e com seus cabelos enxugava.

Ela desamarrou os cabelos, coisa que naquela cultura era uma humilhação.
Lembram quando Jesus lavou os pés dos discípulos?


Ele tomou a forma de Servo, a atitude dessa mulher mostra que ela reconhece que é indigna. Antthoni Hoekeman em seu Livro Salvos pela Graça diz que só podemos reconhecer quão Santo e quão grande Deus é, se reconhecermos quão sujos, pecadores, nós somos.

Ela não deu a mínima para os olhares reprovadores, ela não se importou com aquelas pessoas que estavam ali, o que elas iriam falar.

Ela não se importou com as tradições humanas. Foi guiada pelo perdão.
Essa mulher estava diante de Jesus, sem máscaras, sem hipocrisia, era ela e Jesus.

Nós não gostamos de mostrar nossa fragilidade, quem realmente somos, quando nos humilhamos diante de Deus as mascaras não dão certo, elas não funcionam. Cabe a nós reconhecer quem somos, que somos pecadores e precisamos de Deus, e como o próprio Jesus falou: Sem mim, nada podeis fazer.

Somos pecadores, somos indignos de estar diante de Cristo, somos indignos do seu amor.

Simão parece que conhecia bem aquela mulher, mais com certeza não conhecia a si próprio, não tinha se encontrado.
Essa mulher procurava paz para a sua alma.

Os fariseus tentavam servir a Deus com práticas que não agradavam a Deus. Sabiam muito das escrituras, eram conhecedores da lei, e ainda por cima tentavam mostrar um comportamento irrepreensível.

Eram religiosos, mas só de aparência. Por isso Jesus critica-os várias vezes.
Eles eram advertidos quanto a orações longas, quando aos jejuns, quanto a dar esmolas.
Percebam que Jesus criticava suas práticas, mas Jesus nunca descriminou pessoas.

Reconheça quem é Jesus
Ela reconheceu quem era Jesus
Simão tinha uma visão errada de Jesus, pensou que Jesus nem sabia quem era aquela mulher.
Ele disse:

“Se fosse profeta saberia quem era essa mulher, por que ela é pecadora”.
Irmãos, estamos diante de um Deus que nos conhece, que nos criou e sabe quem realmente somos.

Ela nem precisou falar quem era Jesus pra ela, ela mostrou com suas atitudes, enquanto Simão, o fariseu o chama de Mestre. Simão estava vivendo uma falsa religiosidade.

Quando reconhecemos que somos indignos, chegamos a Jesus sem máscaras, e reconhecemos que Ele é o filho de Deus. O Senhor vai fazer o amor brotar em nosso coração.

Seus pecados foram perdoados, e Jesus diz o motivo: Ela muito amou.

Jesus falou uma parábola a respeito de dois devedores, um que devia mais e outro que devia menos. Nenhum tinha condições de pagar a dívida.

Simão se achava mais justo que a aquela mulher, não tratou Jesus como alguém importante, não deu água para lavar os pés como era de costume, não o saudou com um beijo, ele não reconheceu Jesus como devia.
A mulher não, a mulher reconheceu Jesus como Senhor, como alguém importante, especial, que perfume nenhum valia mais do que está aos pés de Jesus.

No verso 47 Jesus diz que seus pecados estão perdoados.
O interessante é que o verbo está no Indicativo perfeito passivo, que podemos chegar a duas informações:
1) É que ela já havia sido perdoada antes de acontecer o jantar, pois Deus conhece o coração e sabia do seu arrependimento bem antes de ir a casa de Simão.
2) É que Deus vendo o seu sincero arrependimento age perdoando o pecador.

A Conclusão que a bíblia nos traz é que Deus não nega Perdão ao homem quebrantado.

Perceba a diferença entre a graça de Deus e a religião

A graça de Deus não tem discriminação, a religião incrimina: Notem que Simão pensa: Se Ele soubesse quem é essa mulher?

A graça é baseada na fé. “Vai a tua fé te salvou”, a religião se baseia nas obras, é importante observarmos que a mulher não vai ao templo, ela não oferece sacrifícios, ela nem sequer fala. Ela adora, ela reconhece, ela ama.

A graça traz arrependimento, a religião traz culpa.
A graça gera amor e a religião gera crítica.

Os fariseus viviam uma falsa religiosidade, e por conta dessa falsa religiosidade Simão crítica a atitude de Jesus.

Eu tenho uma noticia que você não pode sair daqui sem fixá-la em seu coração: (Eu vou falar baixinho pra algumas pessoas não se escandalizarem) JESUS SE APROXIMA DE PECADORES.

Um incrédulo, uma pessoa que não acredita em Deus, que ninguém dá nada por ela, uma pessoa desprezada, amanha pode estar aqui conosco, jogando no mesmo time, confessando a mesma fé.

Aplicação
Será que temos dado o nosso melhor a Cristo? Lembremos que a mulher derramou aos pés de Jesus algo muito precioso.
Como tem sido o nosso culto a Deus? Será que estamos agindo mecanicamente como o fariseu?

Somos pecadores, todos nós somos pecadores, independente do pecado que cometemos, roubo, mentira, adultério, vícios. Somos pecadores.

Somos como aqueles devedores, nenhum podia pagar, portanto o valor da divida é igual. Não podemos pagar nossas dívidas em relação ao nosso pecado.

Jesus deixou bem claro que tanto a mulher quanto o fariseu eram pecadores. Com uma diferença: A mulher chorou pelos seus pecados, o fariseu se considerava justo. O fariseu continuou na Sua falsa religiosidade.

Jesus não diz que aqueles atos mereceram perdão, Não existe NADA, deixa eu repetir, Não existe NADA, literalmente NADA que possamos fazer para merecer o amor de Deus.
A diferença é que a mulher adorou, o pecador arrependido não tem alternativa, ele reconhece quem é, quem Jesus é, e adora.

O amor que essa mulher demonstrou foi uma expressão de que já havia sido perdoada.
Era a resposta diante da graça do nosso bondoso Deus.
Ela saiu feliz.

Essa mulher que Simão a chama de pecadora nos mostra o Caminho da Felicidade.
Felicidade está ligada a perdão, a amor, a um relacionamento de amizade com Deus.

Jesus despede essa mulher dizendo: Vai-te em Paz.
Os judeus tem o costume de falar “Vai em paz” para se despedir dos mortos.
Para os vivos eles dizem: “Vai para dentro da Paz”.

Hoje temos a oportunidade de reconhecermos quem somos, de reconhecermos que somos pecadores indignos do amor de Deus, e que precisamos estar dentro dessa paz.
Precisamos fazer como essa mulher, reconhecer quem Jesus é.

Se você ainda não reconheceu Jesus como Senhor, faça isso agora mesmo!


Deus abençoe vocês.

Missionária Jussara Torchio.